De acordo com o relatório anual elaborado pelo Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latino da UCLA juntamente com o Centro de Pesquisa e Previsão Econômica da Universidade Luterana da Califórnia, se os latinos que residem nos Estados Unidos fossem considerados um país independente, seu PIB estaria classificado como a quinta maior economia global. Essa posição tem sido mantida pelo terceiro ano consecutivo à frente do Reino Unido, França e Índia.

Além disso, excetuando-se os gigantes econômicos China, Japão e Alemanha, somente esses latinos teriam um PIB superior ao das demais nações. O estudo foi divulgado em meio ao contexto das eleições presidenciais norte-americanas programadas para novembro deste ano. A imigração é um dos temas centrais desse processo eleitoral.

A pesquisa destacou que a comunidade latina representa aproximadamente 19,2% da população dos EUA – cerca de 65 milhões de indivíduos – sendo responsável por impressionantes 41,4% do crescimento real do PIB desde o ano de 2019.

“Os dados ressaltam que os latinos constituem uma fonte crucial para sustentar a economia geral dos Estados Unidos”, afirmou David Hayes-Bautista. Ele é coautor do relatório e professor especializado em medicina pública na UCLA. Além disso é diretor do Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latina.

O pesquisador ressaltou ainda que os latinos continuarão exercendo significativa influência no crescimento econômico norte-americano nas próximas décadas. Isso se deve ao aumento populacional dessa comunidade bem como à sua jovial idade média – cerca de 30 anos contra os 41 anos observados na média nacional – além da marcante participação desse grupo na força laboral ativa.

No período entre 2010-2022 registrou-se um aumento expressivo no número de latinos com diploma universitário (113.5%) assim como uma elevação anual salarial desses indivíduos (3.4%). Esses números ficaram acima dos índices registrados entre a população restante (1.4%), conforme indicou a sétima edição desse estudo anual.