O Departamento de Segurança Interna anunciou que mais de 200 mil salvadorenhos, que residem há mais de 20 anos nos Estados Unidos, terão a oportunidade de permanecer legalmente no país por mais 18 meses. O comunicado foi feito na última sexta-feira (10), em uma das medidas finais do governo do presidente Joe Biden sobre imigração.
Esta medida é parte do apoio contínuo da administração Biden ao Status de proteção Temporária (TPS), que atualmente beneficia quase 1 milhão de indivíduos. No entanto, esse status poderá enfrentar desafios sob a nova liderança de Donald Trump, que já expressou intenções de restringir seu uso durante sua primeira presidência.
Instituído em 1990, o TPS foi criado para proporcionar apoio a cidadãos de países afetados por desastres naturais ou conflitos armados, permitindo que possam trabalhar nos EUA com renovações a cada 18 meses.
Aproximadamente 1 milhão de imigrantes de 17 nações estão cobertos pelo TPS, incluindo cidadãos da Venezuela, Haiti, Honduras, Nicarágua, Afeganistão, Sudão e Líbano. Os salvadorenhos destacam-se como um dos principais beneficiários deste programa, tendo obtido o TPS em 2001 após os devastadores terremotos que atingiram El Salvador.
Trump e seu colega JD Vance manifestaram planos de limitar o uso do TPS e outras políticas de proteção temporária, enquanto buscam intensificar as deportações. Durante seu mandato anterior, Trump tentou encerrar o TPS para El Salvador, mas essa decisão foi contestada em tribunal e não teve efeito imediato.
As remessas enviadas pelos salvadorenhos para sua terra natal desempenham um papel crucial na economia do país, com um total aproximado de 7,5 bilhões de dólares anualmente. Essa dinâmica pode complicar qualquer tentativa de revogação do TPS, especialmente considerando a relação cordial entre Trump e o presidente salvadorenho Nayib Bukele, que colaborou com os EUA para conter a imigração ilegal.
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