Flor de lótus reaparece após 30 anos em lago despoluído e centenas florescem novamente

Uma história de resiliência emerge das profundezas da lama. Após mais de 30 anos soterradas, centenas de flores de lótus ressurgem em um lago que finalmente foi despoluído. Este lindo símbolo de beleza e espiritualidade surpreendeu a comunidade da Caxemira, mostrando que a natureza sempre encontra uma maneira de se curar
Flor de lótus reaparece após 30 anos em lago despoluído e centenas florescem novamente
Flor de lótus renasce após 33 anos em lago limpo na CaxemiraA natureza oferece uma impressionante lição de renovação. Após três décadas submersas na poluição, centenas de flores de lótus começaram a brotar novamente em um lago que passou por um processo de despoluição. Esta planta, que ascende da lama sem se macular, é reconhecida como um símbolo de beleza, espiritualidade e resistência.

Durante mais de 30 anos, muitos acreditavam que essas flores estavam extintas, afundadas em sujeira. No entanto, o renascimento das lótus está despertando admiração entre os residentes do maior lago da Caxemira, que se localiza em uma região montanhosa fazendo fronteira entre Índia, Paquistão e China.

“Quando a natureza renasce, ressuscita tudo o que um dia sustentou – modos de vida, tradições, biodiversidade. Presenciar essas flores florescer novamente, após tanto tempo, é um verdadeiro testemunho da história renascentista”, comentou Meera Sharma, uma ambientalista de Nova Déli, ao The Guardian.

O Poder Simbólico da Flor de Lótus

A flor de lótus, com uma rica herança cultural que remonta a milênios, é um ícone nas tradições budista e hindu, representando pureza e iluminação espiritual, uma vez que brota de forma limpa e magnífica do barro.

Além de seu simbolismo,a planta é valorizada na culinária e na medicina tradicional asiática. Recentemente,uma semente que permaneceu dormindo por cerca de 1.200 anos foi cultivada na China, reforçando a longevidade desta flor.

Ressurgimento do Lago Despoluído

No início do século XXI, o Lago Wular, que originalmente cobria uma área de 228 quilômetros quadrados, encolheu para um terço desse tamanho até 2007, com áreas se tornando depósitos de lixo e a vida aquática diminuindo drasticamente.

Em 1992, uma inundação devastadora despejou grandes quantidades de sedimentos no lago, soterrando as plantas de lótus. Os moradores temeram que isso significasse o fim de uma espécie vital, cujos caules eram consumidos e que sustentavam o trabalho de cerca de 5 mil pessoas.

Contudo, um ambicioso programa de despoluição da Autoridade de Conservação e Gestão do Wular (WUCMA) resultou em melhorias significativas. Através de um extenso trabalho de dragagem, o lago começou a se reerguer. “Não se trata apenas do renascimento de uma planta, mas da revitalização de um ecossistema cultural”, destacou Meera Sharma em sua reflexão sobre o projeto.

A Recuperação das Raízes

A WUCMA dedicou esforços à contenção da poluição proveniente do Rio Jhelum e seus afluentes, antes de iniciar o metódico e demorado processo de desassoreamento do lago.

Após cinco anos,oito milhões de metros cúbicos de lodo foram removidos,e o momento mágico chegou: as raízes das lótus,que estiveram dormentes por tanto tempo,começaram a surgir novamente. Agora, pela primeira vez em 33 anos, as plantas florescem.

Os moradores também voltam a preparar pratos que usam o caule da flor de lótus, como o nadru. “O caule conecta nossa culinária à terra… agora que ele está de volta, estamos preparando receitas como nossas avós fizeram: lentas, simples e carregadas de memórias”, compartilhou Tavir Ahmad, chef de um mercado local.

Esse renascimento não só representa a resiliência da flor de lótus, mas também se tornou um símbolo de esperança e perseverança humana, demonstrando que a luta pela recuperação e restauração é sempre válida.

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