recentemente, as autoridades de saúde dos EUA ampliaram os alertas relacionados às vacinas contra a COVID-19, focando em um raro efeito colateral cardíaco que afeta predominantemente homens jovens.
A miocardite, uma inflamação do coração que geralmente é leve, começou a ser observada como uma complicação desde que as vacinas começaram a ser distribuídas em grande escala em 2021. Advertências já estão incluídas nas informações dos imunizantes da Pfizer e Moderna.
No mês de abril, a Food and Drug Administration (FDA) enviou notificações aos fabricantes, exigindo que revisassem e ampliassem seus avisos sobre esse efeito, contemplando um grupo maior de pacientes. Embora a FDA tenha a capacidade de exigir mudanças nos rótulos, tais ações frequentemente envolvem negociações prolongadas com as empresas.
Esta demanda da FDA parece contrastar com as descobertas de investigadores de outras agências do governo dos EUA.
Anteriormente, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) haviam afirmado que não encontraram um aumento do risco de miocardite nos dados governamentais sobre lesões decorrentes das vacinas contra COVID-19 desde 2022. Além disso, foi constatado que os episódios tendem a se resolver rapidamente e são menos severos do que os casos associados à própria COVID-19, que também pode ocasionar miocardite.
A FDA fez este anúncio enquanto um novo conselho de vacinas, nomeado pelo Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., se reunia para avaliar o uso das vacinas em grupos prioritários, incluindo gestantes. A reunião do painel consultivo do CDC é a primeira desde que Kennedy dispensou abruptamente o antigo grupo de 17 membros e nomeou um novo, composto por figuras conhecidas por suas posturas antivacinas.
A atualização nas bulas,imposta pela FDA,representa uma das mais recentes medidas sob a supervisão de Kennedy que visam restringir ou questionar o uso das vacinas. Recentemente, o comissário da FDA, Marty Makary, e outros altos funcionários limitaram o acesso às vacinas anuais contra a COVID-19 a populações com risco elevado, como os idosos. Eles também levantaram preocupações sobre a necessidade de novos testes para as atualizações sazonais das vacinas que correspondem às novas cepas do vírus.
Makary e alguns colaboradores da FDA enfrentaram críticas durante a pandemia, acusando o governo federal de exagerar os benefícios das vacinas de reforço, enquanto minimizavam os efeitos colaterais sérios, como a miocardite.
Antes de sua nomeação no governo, Makary e dois de seus colegas da FDA publicaram um artigo em 2022 afirmando que a exigência de doses de reforço para os jovens poderia acarretar mais danos relacionados à vacina do que hospitalizações evitadas por COVID-19. Essa avaliação divergia significativamente das opiniões de muitos especialistas em saúde pública e vacinas da época, incluindo os do CDC.
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Matéria original por Brazilianpress
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