
Novos desafios no mercado de trabalho, dizem economistas: incertezas em tarifas, avanços em IA e taxas de juros elevadas impactam a empregabilidade jovem
Por Redação – A comunidade econômica e integrantes do “Federal Reserve” dos Estados Unidos expressam preocupação com o fato de que a reação morosa em relação às contratações de recém-graduados pode sinalizar questões mais sérias na economia.Atualmente,os índices de desemprego para essa faixa etária atingem seu patamar mais elevado nos últimos doze anos,considerando além da pandemia. Este grupo, em especial os jovens entre 22 e 27 anos que obtiveram diplomas, enfrenta taxas de desemprego bem acima da média nacional.
Os responsáveis pela análise apontam que a incerteza relacionada a tarifas, a crescente implantação de inteligência artificial e o aumento das taxas de juros estão diretamente associados à limitação nas novas contratações. Neste ano, as ofertas de emprego se mostraram menos favoráveis do que em qualquer época recente, com taxas de desemprego superando índices nacionais de uma maneira sem precedentes nas últimas três décadas.
As empresas demonstram cautela em relacionar-se com novos talentos em um ambiente repleto de incertezas, principalmente devido aos aumentos de tarifas impostos pelo governo anterior. ”Jovens estão enfrentando um cenário complicado devido a essa incerteza econômica,” destacou Brad Hersbein, economista do Upjohn Institute.
A revolução tecnológica também desempenha um papel fundamental. Embora a adoção de inteligência artificial ainda esteja em seus estágios iniciais, diversas companhias já revelaram que a tecnologia pode diminuir a necessidade de posições júnior. Por exemplo, em abril, o CEO da “Shopify”, Tobi Lutke, pediu a seus funcionários que justificassem propostas de contratação se estas poderiam ser realizadas por IA. Da mesma forma, o CEO da “Amazon”, Andy Jassy, previu que a automação reduziria gradualmente a força de trabalho da empresa.
Apesar da taxa geral de desemprego nos Estados Unidos se manter relativamente baixa em 4,2%, resultado de uma resistência a demissões, a quantidade de novas contratações enfrentou um declínio acentuado. Atualmente, o volume de contratações se encontra em níveis reminiscentes de 2014, quando a taxa de desemprego era de 6,2%.
As oportunidades nos últimos meses surgiram predominantemente nos setores governamentais, de saúde, e hospitalidade, que tendem a ser menos propensos a acolher os recém-formados em busca de posições mais qualificadas.
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Fonte: nossa Gente
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