Policia Brasileira Identifica Presença de Membros do PCC em Boston e Miami
A unidade ERO de Boston prendeu um homem de 50 anos ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) – maior facção criminosa do Brasil.
Membros do PCC estão cruzando fronteiras para fixar residência nos Estados Unidos, especialmente em regiões como Massachusetts e Pensilvânia.
Dezenas de integrantes da facção foram flagrados nos Estados Unidos, muitos fugindo da justiça ou envolvidos em contrabando de armas.
A polícia brasileira também identificou familiares de traficantes ligados ao PCC investindo em propriedades de luxo em Miami, sem indícios de atividades ilegais relacionadas às drogas.
A cooperação entre as autoridades americanas e brasileiras tem gerado informações detalhadas sobre a presença do PCC nos EUA, facilitando a identificação dos membros pela Border Patrol na fronteira com o México.
Brasileiros com antecedentes criminais são presos e deportados dos EUA
No dia 8 de agosto, Adinan de Souza Fontoura, de 42 anos, foi preso em Boston e deportado para o Brasil por possuir antecedentes criminais relacionados a roubo. Essa ação faz parte das operações do Escritório de Imigração e Alfândega (ICE) que têm visado brasileiros envolvidos em atividades ilegais nos Estados Unidos.
O diretor do escritório do ICE em Boston, Todd M. Lyons, afirmou que Fontoura representava uma ameaça à comunidade local de Massachusetts devido ao seu histórico violento. Com isso, ele será encaminhado de volta ao Brasil para responder pelos seus crimes na justiça brasileira.
Dados oficiais mostram um aumento significativo no número de prisões realizadas pelo ICE em relação a não cidadãos com antecedentes criminais. Em 2022 foram detidos 46.396 indivíduos, enquanto em 2023 esse número saltou para 73.822 pessoas envolvidas em crimes como homicídio, sequestro e violência sexual.
Em Massachusetts, um grupo conhecido como Primeiro Comando de Massachusetts (PCM), formado por brasileiros, ganhou notoriedade desde sua descoberta pelo Departamento de Justiça em 2019.
“É crucial combater organizações criminosas que promovem a violência nas nossas comunidades”, disse Andrew E. Lelling, procurador responsável pelo caso na época da prisão dos suspeitos vinculados ao PCM.
Iniciativas contra o tráfico ilícito
O presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva visando modernizar as sanções aplicadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA no combate ao narcotráfico internacional.
Nessa medida estão incluídas instituições como o Primeiro Comando da Capital (PCC) que realizam atividades ilícitas relacionadas ao tráfico de drogas atravessando fronteiras internacionais.
O governo americano destacou a importância dessas medidas reforçarem as ações contra organizações como o PCC que atuam globalmente movimentando grandes quantias financeiras associadas à atividades criminosas.
Organização do PCC se Expande Para os EUA, Alertam Autoridades Americanas
O crescimento e expansão do Primeiro Comando da Capital (PCC) para os Estados Unidos têm gerado preocupações entre autoridades americanas. Segundo o subsecretário do Tesouro dos EUA, Brian E. Nelson, o PCC é uma das organizações de tráfico de drogas mais significativas da América Latina, com uma presença global em ascensão.
O procurador especializado em crime organizado, Marcio Sergio Christino, ressalta que nos Estados Unidos já existem grupos criminosos estabelecidos há décadas, dificultando a consolidação do PCC na região como fez na América Latina.
Mário Sarrubbo, secretário Nacional de Segurança Pública, afirmou não ter informações detalhadas sobre a presença de membros do PCC nos EUA. No entanto, reconhece que o crime brasileiro ultrapassou fronteiras e preocupa autoridades em todo o mundo.
Ao ser questionado sobre possíveis ações dos integrantes do PCC nos EUA, Christino destacou que a falta de estrutura consolidada e a presença pré-existente de outros grupos criminosos representam obstáculos para a atuação da facção brasileira no país norte-americano.
Apesar das preocupações levantadas pelas autoridades americanas e pela comunidade internacional sobre a expansão do tráfico organizado para os Estados Unidos por meio do PCC, as investigações ainda estão em andamento. Órgãos como o Serviço de Controle de Fronteira e Imigração dos EUA estão envolvidos nas apurações.
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Matéria original por Jornal dos sports
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