Google anuncia ambicioso acordo de reflorestamento na Amazônia com startup brasileira

Um marco significativo foi alcançado com o anúncio da Google sobre seu maior esforço para restaurar a floresta Amazônica, agora em parceria com a startup brasileira Mombak. O objetivo é compensar 200 mil toneladas de carbono, essencial para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Entenda como essa aliança poderá transformar o futuro da Amazônia e do planeta
Google anuncia ambicioso acordo de reflorestamento na Amazônia com startup brasileira
Google fecha acordo significativo para reflorestamento da Amazônia com a startup brasileira MombakA Google firmou um acordo sem precedentes, estabelecendo a maior parceria da empresa para promover o reflorestamento da amazônia em colaboração com a startup brasileira Mombak.

O foco desta iniciativa é restaurar áreas florestais e mitigar 200 mil toneladas de emissões de carbono, que são responsáveis pelos gases do efeito estufa e pela acentuada mudança climática que afeta o planeta.

Esse arrangemento permitirá à gigante da tecnologia obter créditos de carbono de alta qualidade para compensar as emissões geradas por seus data centers, altamente consumidores de energia.

Necessidades da Google

As emissões de gases de efeito estufa da Google decorrem em grande parte da eletricidade adquirida para alimentar seus centros de dados e escritórios. Desde 2020, essas emissões, classificadas como escopo 2, aumentaram mais de três vezes, atingindo 3,1 milhões de toneladas de CO2 no último relatório ambiental da companhia.

O acordo com a Mombak exemplifica como grandes corporações estão buscando iniciativas para reduzir os impactos ambientais resultantes de seus investimentos em data centers que demandam grande quantidade de energia para operar tecnologias de inteligência artificial.

Sobre o acordo

O novo acordo é projetado para compensar quatro vezes o volume de um projeto piloto anterior com a Mombak, realizado em setembro de 2024. Embora o valor financeiro do acordo não tenha sido revelado, estima-se que oferecerá uma compensação significativa ao setor de reflorestamento no Brasil, que está em ascensão.

Randy Spock, responsável por créditos e remoção de carbono no Google, afirma: “A fotossíntese é a tecnologia de menor risco que possuímos para diminuir o carbono na atmosfera”, referindo-se ao processo natural através do qual as plantas produzem oxigênio e glicose utilizando luz solar, água e CO2.

Busca por confiabilidade

Spock também mencionou que a Google optou por evitar créditos REDD, que visam recompensar projetos de conservação, devido a problemas de fraudes e sua associação com práticas ilegais na exploração da floresta.”Aumentamos nosso suporte à Mombak porque eles oferecem uma abordagem confiável,” destacou.

A startup Mombak, que trabalha na recuperação de pastagens degradadas para restaurar florestas, se beneficia de um movimento em direção à qualidade, como afirma seu cofundador Gabriel Silva. Ele ressalta que muitos compradores de créditos de carbono anteriormente se comprometeram com projetos de baixa qualidade, frequentemente fraudulentos.

Contexto da COP 30

O Brasil, anfitrião da COP 30 – a conferência climática das Nações Unidas em Belém (PA) – promove as discussões sob a temática “COP das Florestas”, visando fortalecer as iniciativas de conservação e desenvolver um novo fundo dedicado às florestas tropicais.

Google fecha acordo significativo para reflorestamento da Amazônia com a startup brasileira MombakGoogle estabelece um novo padrão com sua maior parceria de reflorestamento na Amazônia com a startup Mombak – Foto: Agência Brasil

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