Após 11 meses de estadia irregular nos Estados Unidos, a advogada brasileira Lilian Divina Leite tomou a difícil decisão de se apresentar espontaneamente às autoridades imigratórias e retornar ao Brasil. Esta escolha reflete o endurecimento das políticas migratórias do governo Trump, reeleito em janeiro de 2025, cuja prioridade é o fortalecimento do controle de fronteiras e o aumento das deportações.
Lilian chegou a Miami em agosto de 2024 com um visto de turismo,inicialmente para passar férias. No entanto, a instabilidade econômica em seu país de origem e o anseio por novas oportunidades a levaram a decidir permanecer além do permitido. Sem visto para trabalhar, ela se sustentou com a ajuda de comunidades religiosas e, em algumas ocasiões, realizou serviços informais e doou plasma para complementar sua renda.

de acordo com informações do Brazilian Press, Lilian começou a temer pela sua segurança após ouvir relatos de vizinhos que foram detidos em fiscalização migratória intensificada nas últimas semanas. Assim, ela decidiu aderir ao programa de autodeportação, que possibilita a estrangeiros em situação irregular retornarem voluntariamente para seus países de origem, com o governo dos EUA arcando com os custos da viagem e fornecendo até US$ 1 mil em assistência na chegada.

Ao chegar no Aeroporto Internacional de Guarulhos na sexta-feira (24), Lilian concedeu uma entrevista exclusiva. “Não me arrependo da experiência. Queria vivenciar algo novo, mas percebi que a liberdade lá é um privilégio que nem todos conseguem desfrutar”, afirmou, visivelmente emocionada. Apesar do retorno não desejado, a advogada planeja usar suas vivências para lutar pelos direitos dos migrantes no Brasil. “Agora tenho uma compreensão mais profunda do que muitos enfrentam em silêncio.”

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