A administração de Donald Trump está avaliando novos terrenos e mantendo diálogos com companhias de gestão prisional privadas para potencializar a criação de centros de detenção para imigrantes, que ficariam sob custódia antes de seus processos de deportação. Essa iniciativa é parte de um ambicioso plano de deportação em larga escala prometido pelo presidente eleito.
O objetivo dessa estratégia é aumentar em até duas vezes a capacidade de recepção nos centros de detenção do Departamento de Imigração e Alfândega, permitindo a apreensão de um número significativo de imigrantes por breves períodos enquanto aguardam suas deportações após serem detidos nos Estados Unidos, conforme revelado por fontes internas.
Além disso, propõe-se a reintrodução da política de detenção de famílias, que envolve a separação de pais e filhos, uma prática que enfrentou severas críticas e foi suspensa pela administração de Joe Biden em 2021.
Até o momento, a equipe de transição de Trump está revisitando as instalações que foram fechadas sob a gestão Biden, considerando a viabilidade de suas reaberturas, além de avaliar a capacidade das prisões locais e identificar áreas necessárias para estratégias temporárias de detenção de imigrantes.
O planejamento também envolve a análise sobre a quantidade de imigrantes que cada região pode abrigar, com um foco especial nas áreas metropolitanas amplamente dominadas por democratas. De acordo com uma fonte familiarizada, a prioridade está em localidades com densidade populacional significativa de imigrantes, que ainda não dispõem de centros de detenção.
Cidades como Denver, Los Angeles, Miami e Chicago, reconhecidas por suas grandes comunidades imigrantes, podem precisar de novos centros de detenção criados nas proximidades. O governo poderá também reabrir, expandir ou construir novas instalações em Nova York, Filadélfia e Washington, DC, como destacado pela mesma fonte.
Uma outra fonte vinculada aos planos afirmaram que as políticas de santuário em cidades sob administração democrata não devem se tornar barreiras para o ICE na sua expansão em detenções.
Essas novas diretrizes oferecem um vislumbre do que Trump qualificou como “a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos”. No entanto, críticos apontam que a falta de recursos financeiros, pessoal, acordos com países de origem dos migrantes, voos e espaço disponível em detenções podem inviabilizar sua execução.
“O povo americano confiou em Trump, reeleindo-o por uma margem significativa, dando-lhe o respaldo necessário para levar adiante suas promessas de campanha. Ele cumprirá com isso”, declarou Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição, em uma declaração oficial.
Com a consolidação do retorno do ex-presidente, aumentam as preocupações dentro da comunidade hispânica em relação a uma de suas principais promessas de campanha.
Durante uma teleconferência recente sobre os resultados financeiros da CoreCivic, o CEO Damon Hininger destacou que a empresa já dispõe de leitos ociosos em seu sistema que podem ser utilizados conforme a demanda surgida após as eleições.
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Matéria original por Brazilianpress
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