O número de migrantes aumentou quase todos os meses desde que Biden assumiu o cargo, tornando-se um argumento para seus oponentes políticos que apontam o aumento como evidência de que seu governo é mais fraco que o de seu antecessor em segurança nas fronteiras. O total de travessias ilegais, ou ocorridas fora dos portos oficiais de entrada, foi de 209.906 em março, superando o recorde anterior da presidência de Biden de 200.658 em julho, e o maior de março de 2000, quando chegou a 220.063.
Trump também enfrentou um aumento acentuado nas travessias de fronteira de migrantes, mas o número despencou com a chegada da pandemia. Em março de 2020, o governo anterior invocou o Título 42, uma ordem de saúde pública raramente usada que permite a remoção rápida de quase qualquer pessoa flagrada cruzando a fronteira sudoeste.
As autoridades expulsaram migrantes mais de 1,7 milhão de vezes sob os poderes do Título 42, uma lei de saúde pública de 1944 que usa a ameaça de disseminação do COVID-19 como justificativa para negar aos imigrantes a oportunidade de solicitar asilo, conforme estabelecido por Lei federal dos EUA e tratados internacionais. Com os casos de COVID-19 em declínio, o governo Biden disse que pretende encerrar o uso do Título 42 na fronteira a partir de 23 de maio. Vários democratas moderados se juntaram aos líderes republicanos para pedir a manutenção do Título 42. O senador Mark Kelly, um democrata do Arizona que busca a reeleição este ano, visitou a fronteira na semana passada e alertou que o governo Biden não está preparado para asilo. restrições sejam levantadas.
Grupos de direitos humanos e outros ativistas dizem que os Estados Unidos têm a obrigação legal de permitir que as pessoas solicitem asilo e pediram a retirada da ordem de saúde pública. As remoções aceleradas sob o título 42 são um componente significativo dos aumentos recentes. Os migrantes são mandados de volta sem consequências legais, e muitos simplesmente tentam atravessar novamente, contando mais de uma vez no total. O CBP observou que o número de encontros individuais únicos em todo o país em março foi de 159.900, um aumento de 37% em relação ao mês anterior.
Mais da metade dos 221.303 detidos foram rapidamente enviados de volta ao México ou a seus países de origem, segundo dados apresentados no tribunal federal do Texas como parte da contestação do estado às políticas de imigração do governo Biden. A maior parte do restante foi processada sob um mandato de imigração conhecido como Título 8, e seu destino final varia. Cerca de 34.000 foram autorizados a permanecer nos Estados Unidos em liberdade condicional humanitária, com a qual podem solicitar asilo ou residência legal por outros meios. Se não forem bem sucedidos, eles podem enfrentar a deportação. O comissário do CBP, Chris Magnus, disse em um comunicado que a agência planeja enviar pessoal adicional para a fronteira sudoeste para lidar com o “possível” aumento que é esperado quando o Título 42 for levantado. Os mexicanos respondem pelo maior número de encontros de fronteira, seguidos pelos cubanos. O número de ucranianos, que geralmente têm permissão para entrar no país em liberdade condicional humanitária, subiu para mais de 200 em março, em comparação com apenas 5 em novembro passado.
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