Procurador-geral da Flórida solicita à Suprema Corte autorização para implementar controvertida legislação de imigração
Na última segunda-feira,o procurador-geral da Flórida,James Uthmeier,encaminhou um pedido à Suprema Corte dos EUA visando a aplicação de uma nova legislação que transforma em crime a entrada de imigrantes sem documentos no estado. Essa movimentação marca um novo capítulo em uma extensa disputa legal que já dura meses entre Uthmeier e a juíza federal Kathleen Williams.
Recentemente, a juíza Williams decidiu punir Uthmeier por desacato, ao insistir que as forças policiais seguissem aplicando a nova lei, mesmo após ordem de suspensão até que questões constitucionais sejam analisadas pelos tribunais. A tensa relação entre o procurador-geral e o sistema judicial levanta discussões sobre os limites da autoridade estadual na aplicação de normas de imigração.
Na argumentação apresentada ao tribunal, Uthmeier defende que o estado tem o direito inquestionável de se resguardar contra os impactos da imigração irregular. Ele fundamenta sua posição na premissa de que a legislação é apoiada por normas federais, e que a liminar imposta pela juíza não deveria afetar todos os agentes estaduais “que não tiveram a oportunidade de se defender em tribunal”.
A legislação foi sancionada pelo governador Ron DeSantis em fevereiro, parte das iniciativas do ex-presidente Donald Trump para endurecer as regras sobre imigração, embora muitos desses esforços estejam enfrentando obstáculos judiciais.
Logo após a promulgação da nova lei, grupos de defesa dos direitos dos imigrantes processaram o governo em nome de dois imigrantes que residem ilegalmente na Flórida. Eles alegam que a nova legislação infringe a Cláusula de Supremacia da Constituição ao interferir em questões de competência federal.
Em abril, Williams emitiu uma ordem de restrição temporária, suspensa para todo o estado, barrando a implementação da nova norma.O escritório de Uthmeier, em uma tentativa frustrada, recorreu ao Tribunal de Apelações do Décimo Primeiro Circuito para revogar essa decisão.
Após a ordem de Williams,o procurador-geral enviou um comunicado às forças policiais estaduais e locais,recomendando a suspensão da aplicação da norma,embora não concordasse com a decisão judicial. Contudo, poucos dias depois, ele contradisse sua própria instrução, alegando que a juíza havia cometido um erro legal ao afirmar que a aplicação da lei deveria ser interrompida.
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