Ericka Ancrum não apagou de sua memória o momento em que seu sobrinho de 17 anos foi morto a tiros na frente de sua casa.
“Ele disse que não consiguia respirar e não falou mais nada”, disse Ancrum, que é a voz de muitas famílias que perderam um ente querido devido à violência armada.
Clinton Young Jr. tinha 17 anos quando morreu em um tiroteio em frente à casa de sua tia na primavera de 2021.
“Sabemos que no sul está ficando pior do que no norte”, disse o pastor Lorenzo Johnson, que lidera uma organização chamada Community Youth Against Violence. Nesta quinta-feira (2), o grupo pediu aos pastores que trabalhem juntos para reverter crimes com armas de fogo em áreas como onde o sobrinho de Ancrum foi assassinado.
Sob a iniciativa “Traga a vila de volta para as igrejas”, os pastores querem chegar à comunidade. A esperança é que o programa, que também incentiva os pastores a combater o crime trabalhando juntos no desenvolvimento da estrutura nas famílias. Eles dizem que algumas famílias têm mais dificuldade em conciliar filhos e trabalho.
De acordo com o pastor Johnson, trata-se de educar os pais.
“Uma criança de 12 anos não deveria estar andando na rua e os pais dormindo em casa”, disse o pastor Lorenzo.
No entanto, o técnico de atletismo do Goulds Panthers, David Jacques, diz que o problema é a falta de atividades para os jovens.
“Acho que conversar diretamente com as crianças é uma solução mais eficaz. Fazer planos para que as crianças participem de atividades onde haja basquete, futebol, esportes”, reiterou Jacques, ressaltando a necessidade de alternativas para os jovens durante a noite.
“Alguém tem que fazer alguma coisa e isso é um começo”, respondeu Ancrum, que disse que ninguém jamais foi preso pela morte de seu sobrinho.
Ela teme que, se nada for feito para controlar a violência armada no sudoeste de Miami-Dade, a tragédia que sua família enfrentou ocorra novamente.
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