Cientistas descobrem os motivos do avanço do Alzheimer no cérebro e pretendem encontrar formas de retardar a evolução da doença com novos tratamentos.
A novidade foi Publicada na revista Science Advances. Pela primeira vez, o estudo foi feito com dados humanos. Pesquisadores estudaram cadáveres de pacientes com a doença e de pessoas que convivem com o mal desde o grau leve até o mais grave.
Eles relataram que proteínas tóxicas se agrupam e chegam a diferentes regiões do cérebro precocemente. Lá, elas se acumulam ao longo de décadas.
A nova teoria
A pesquisa alterou a teoria de que aglomerados se formavam apenas em um local específico do cérebro (padrão visto em ratos) e depois, se espalhavam por todo cérebro, da mesma forma que um câncer espalha.
O novo estudo aponta que, embora essa disseminação possa ocorrer, ela não é de fato o principal fator para a progressão da doença.
Proteínas tóxicas
O objetivo era rastrear a proteína tau, uma das duas proteínas-chave que implicam na condição. Ela é culpada por vários tipos de demência.
Na doença de Alzheimer, a tau e outra proteína chamada beta-amiloide se acumulam em agregados e fazem com que as células cerebrais morram e o cérebro encolha.
É esse processo que resulta em perda de memória, alterações de personalidade e dificuldade para realizar as tarefas cotidianas.
Atrasar a doença
De acordo com o químico da Universidade de Cambridge e responsável pelo estudo, Georg Meisl, o estudo conseguiu determinar que os agregados levam cerca de cinco anos para dobrar de quantidade.
“Talvez se pudermos melhorá-lo um pouco, possamos atrasar significativamente o início de uma doença grave. Esperamos que este e outros estudos semelhantes ajudem a desenvolver tratamentos futuros que tenham como alvo a tau”.
Com informações de Estadão
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