Um grande movimento está aberto para que o Padre Júlio Lancellotti receba o prêmio Nobel da Paz. O jornalista Jamil Chade publicou uma carta aberta direcionada à presidente do Comitê Norueguês do Nobel fazendo o pedido. E o escritor Afonso Borges criou petição e coleta assinaturas para endossar o apelo.
Em tempos de crises humanitárias, com guerras e a fome se espalhando pelo mundo, a humanidade clama por um sopro de esperança para seguir acreditando no amor. E o Padre Julio Lancellotti, que dedica a vida ao acolhimento do próximo, representa um pouco desse acalento. Por isso, já tem o apoio de 100 mil pessoas para receber o Prêmio Nobel da Paz. (veja como assinar abaixo)
Esses milhares de apoiadores se uniram a uma campanha na internet que endossa a carta aberta escrita pelo jornalista Jamil Chade. A carta, endereçada à presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, pede que os membros do Comitê considerem o nome de Lancellotti em suas avaliações de candidatos a receberem o Nobel da Paz de 2022.
Como assinar e apoiar
Depois que a carta foi publicada na coluna do jornalista, o escritor e gestor cultural Afonso Borges lançou uma campanha em apoio à indicação.
Em forma de petição, a mobilização hospedada na plataforma Change.org se aproxima das 100 mil assinaturas, validando o merecimento do sacerdote à premiação. Para assinar, clique aqui.
Borges conta que a campanha para reforçar o pedido de Jamil é relevante porque ajuda a tornar o trabalho e a personalidade do Padre Julio conhecidos mundialmente.
“É claro que a gente quer que o Nobel seja dado ao Padre Julio, mas isso fica até em segundo plano. O importante é que o Padre Julio seja conhecido mundialmente”, comenta o escritor.
Apoio de personalidades brasileiras
A carta do jornalista recebeu o apoio de notáveis nomes da área da cultura, artes, literatura, música, jornalismo, entre outros meios, como Frei Betto, Fernando Gabeira, Antonio Fagundes, Chico Buarque, Conceição Evaristo, Drauzio Varella, Eliane Brum, Xico Sá e Zuenir Ventura. No total, até agora, mais de 200 personalidades subscreveram a carta de Jamil.
Já a campanha criada por Borges recebeu, somente nas 12 primeiras horas de publicação, mais de 15 mil assinaturas, além de inúmeros comentários que descrevem Lancellotti como “imagem de amor, paz e justiça social”, “um ser humano de muita grandeza que ama o próximo”, bem como um “exemplo para a humanidade” e até mesmo “um anjo”.
O trabalho incansável do padre Júlio
O sacerdote é reconhecido por sua atuação solidária junto às pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo. Todos os dias, abre as portas de sua paróquia para oferecer alimentos, roupas, cobertores e outras doações.
Considerado um ativista dos Direitos Humanos, protesta contra a desigualdade, a fome e a injustiça contra os menos favorecidos.
“A possibilidade do Padre Julio receber o Prêmio Nobel da Paz tem a ver com a erradicação da fome no mundo como solução para a desigualdade social. É na verdade uma grande simbologia, tomara que eles sejam sensíveis a esse nosso apelo”, diz Borges sobre o que representaria o prêmio.
Amor transformado em política pública
Em sua defesa à indicação do nome do Padre Julio Lancellotti ao Prêmio Nobel da Paz, Jamil Chade apontou, na carta, o sacerdote como alguém que, com o seu trabalho, resgata a dignidade daqueles que perderam tudo, incluindo a sensação de pertencimento à humanidade.
Borges destaca a importância do teor da carta do jornalista. “Esse conteúdo traz uma informação importantíssima relacionada com o fato de que a erradicação da fome no mundo pode acabar com a desigualdade e com a miséria”, explica o escritor e gestor cultural.
Na carta, o jornalista aponta o problema da fome no Brasil – um país que alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo, mas que deixa 33 milhões de seus habitantes passando fome.
Diante de uma sociedade que define como “racista, injusta, segregacionista e violenta”, Jamil diz que Lancellotti simboliza “uma resposta de esperança” e destaca a atuação do padre na pandemia, que saiu ao resgate da população de rua, transformando o amor em política pública.
“Dar um prêmio neste momento a uma pessoa que coloca a pobreza no centro de sua ação é mandar uma mensagem ao mundo de que esse é o único caminho viável se queremos a paz”, diz Jamil na carta.
O jornalista ainda completa que a concessão do prêmio a Lancellotti passaria uma mensagem de que a erradicação da pobreza não é uma opção, mas “o caminho mais sólido, rápido e barato para a paz. E a maior conquista da história da Humanidade”.
Com informações da Change.org Brasil
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