Uma cidadã hondurenha com três filhos nascidos nos Estados Unidos,que reside no país há 30 anos,está enfrentando uma exorbitante multa de mais de US$ 1,8 milhão por desrespeitar uma ordem de deportação datada de duas décadas,conforme reportado pela CBS. Esta sanção financeira é uma das primeiras aplicadas pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) sob a estratégia do governo Trump para dissuadir imigrantes sem documentação de buscarem a autodeportação.
A mulher de 41 anos, que vive na Flórida, recebeu a notificação da multa civil de US$ 1.821.350 em 9 de maio. Autoridades de imigração justificaram a penalidade pelo não cumprimento de uma ordem de deportação emitida em abril de 2005, conforme indicado nos documentos mencionados pela emissora. recentemente, o caso dela voltou à atenção do ICE quando ela solicitou a reabertura do processo, utilizando a Lei dos 10 Anos, que permite que imigrantes adiem a deportação se atenderem a critérios específicos.
Segundo Michelle Sanchez, sua advogada de imigração, a mulher preenche os requisitos para proteção legal, uma vez que reside nos EUA há mais de uma década, demonstra bom caráter moral e sua deportação causaria dificuldades significativas para um familiar próximo, que é cidadão americano. Essa não é a primeira vez que o ICE aplica multas civis sob as diretrizes da Lei de Imigração e Nacionalidade de 1952.Durante o período de Trump (2017-2021), foram emitidas sanções que somaram centenas de milhares de dólares para imigrantes indocumentados que buscaram abrigo em santuários para evitar deportações. Durante esse tempo, as multas se aproximaram de meio milhão de dólares. Um caso notável é o de Edith Espinal, uma mexicana que enfrentou uma cobrança de US$ 497.777 em 2019 por desrespeitar uma ordem de deportação de setembro de 2017, a qual acabou sendo cancelada após contendas jurídicas.
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