O bilionário Elon Musk, fundador da “Tesla” e da “SpaceX”, ofereceu US$ 41 bilhões, cerca de R$ 197 bilhões, para adquirir todas as ações do Twitter. Com 81 milhões de seguidores, alega que o “Twitter precisa ser transformado em empresa privada”
Da Redação
Negociação bilionária está em andamento, e avança nesta quinta-feira, após o magnata Elon Musk, fundador da “Tesla” e da “SpaceX”, oferecer uma proposta para adquirir todas as ações do Twitter por mais de US$ 41 bilhões, cerca de R$ 197 bilhões. Ele chamou esse preço de sua melhor e última oferta, embora não tenha fornecido detalhes sobre o financiamento. Na semana passada, o magnata já havia comprado uma participação de 9,2% da rede social.
Elon Musk está se oferecendo para comprar o Twitter, poucos dias depois que o CEO da “Tesla” disse que não faria mais parte do conselho de administração da empresa de mídia social. “Twitter precisa ser transformado em empresa privada’, diz Musk.
“Investi no Twitter porque acredito em seu potencial de ser a plataforma para a liberdade de expressão em todo o mundo e acredito que a liberdade de expressão é um imperativo social para uma democracia em funcionamento”, disse.
“No entanto, desde que fiz meu investimento, agora percebo que a empresa não prosperará nem atenderá a esse imperativo social em sua forma atual”, enfatiza, reforçado que, “Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada.”
Musk tem sido um crítico do Twitter nas últimas semanas, principalmente por sua crença de que ele fica aquém dos princípios da liberdade de expressão. A plataforma de mídia social irritou os seguidores de Donald Trump e outras figuras políticas de extrema direita que tiveram suas contas suspensas por violar seus padrões de conteúdo sobre violência, ódio ou desinformação prejudicial. Musk também tem um histórico de seus próprios tweets causando problemas legais.
Grandes mudanças
O bilionário afirmou na semana passada que disse ao Twitter que não se juntaria ao conselho de administração cinco dias depois de ter sido convidado. Ele não explicou o motivo, mas a decisão coincidiu com uma enxurrada de tweets agora excluídos de Musk propondo grandes mudanças para a empresa, como a retirada de anúncios – sua principal fonte de receita – e a transformação de sua sede em São Francisco em um abrigo para sem-teto.
Depois que Musk anunciou sua participação, o Twitter rapidamente deu a Musk um assento em seu conselho com a condição de que ele não possuísse mais de 14,9% das ações em circulação da empresa, de acordo com um documento. Mas Musk desistiu do acordo.
Os 81 milhões de seguidores de Musk no Twitter fazem dele uma das figuras mais populares da plataforma, rivalizando com estrelas pop como Ariana Grande e Lady Gaga. As ações do Twitter saltaram 11% antes da abertura do mercado. As ações ainda estão abaixo de sua alta de 52 semanas, de cerca de US$ 73.