Entretanto, cerca de 20,5 milhões de brasileiros ainda estão à margem da internet. O principal obstáculo? A falta de conhecimento. A pesquisa aponta que isso afeta aproximadamente 45,6% dos indivíduos que ainda não acessam o ambiente digital. O cenário se agrava entre os idosos, com 66,1% relatando dificuldades em manusear dispositivos conectados.
Apesar desse desafio, o estudo indica uma tendência encorajadora.O uso da internet cresce, mesmo entre os mais velhos, evidenciando as transformações sociais e tecnológicas do Brasil, ao mesmo tempo em que destaca desigualdades que precisam ser abordadas.
Embora o avanço seja notável, uma em cada dez pessoas ainda não utiliza a internet. Esses indivíduos seguem excluídos por diversos fatores.
Entre os principais motivos encontrados, 9,3 milhões mencionaram a falta de conhecimento como a barreira mais significativa, sugerindo que o desafio é mais educacional do que financeiro. Outros 26,3% afirmaram não ter necessidade de se conectar. Além disso, 73,4% dos desconectados têm até o ensino essential ou não completaram a educação formal. A faixa etária também se destaca, com 52,1% dos desconectados sendo idosos, ressaltando a importância da inclusão digital nessa população.
Recentemente,o custo da conexão deixou de ser um obstáculo principal para muitos.
Apenas 10,9% dos entrevistados alegaram que a preço elevado é a razão para não usarem a internet, uma queda considerável em relação aos 16,2% reportados em 2022. Isso demonstra que ações para aumentar a inclusão,a intensificação da concorrência e inovações tecnológicas têm contribuído para tornar os serviços de internet mais acessíveis.
Os dados também mostram que 88,9% da população com 10 anos ou mais possui um telefone celular, sendo este o dispositivo mais utilizado para acessar a internet no Brasil. Para muitos, o celular é a única forma de se conectar, estudar e trabalhar.
Entre crianças e adolescentes de 10 a 13 anos sem celular, 24,1% mencionaram questões de privacidade e segurança como a principal razão, uma preocupação que aumentou em comparação com 2022, quando essa taxa era de 17,2%.
As inquietações sobre privacidade e segurança digital vêm crescendo entre os brasileiros. Em 2024, esse motivo apareceu em 22,5% das respostas, comparado a 15,6% em 2022. Segundo Gustavo Geaquinto fontes,analista do IBGE,essas preocupações não se originam apenas dos jovens,mas também de pais preocupados,especialmente no que diz respeito ao uso de celulares por crianças.
“Embora os celulares sejam cruciais para a comunicação, eles levantam preocupações significativas para os pais”, destaca ele à agência Brasil.
