Injeção de antirretroviral contra HIV tem proteção total para mulheres, diz farmacêutica

Que notícia boa! Cientistas de uma farmacêutica norte-americana apresentaram resultados positivos de um ensaio clínico com um antirretroviral para combater o HIV em mulheres. Com apenas duas doses anuais da injeção, as mulheres tiveram proteção total contra o vírus! Conduzido pela Gilead, o grande ensaio clínico foi realizado na Uganda e na África do Sul
Com apenas duas doses anuais da injeção do antirretroviral, mulheres tiveram proteção total contra o vírus HIV na África. - Foto: Adobe Stock/AS Photo Family.Que notícia boa! Cientistas de uma farmacêutica norte-americana apresentaram resultados positivos de um ensaio clínico com um antirretroviral para combater o HIV em mulheres. Com apenas duas doses anuais da injeção, as mulheres tiveram proteção total contra o vírus!

Conduzido pela Gilead, o grande ensaio clínico foi realizado na Uganda e na África do Sul e contou com mais de 5 mil mulheres. Do total, 2134 mulheres receberam o lenacapavir, remédio da farmacêutica. Ao final do ensaio, nenhuma delas havia sido infectada pelo vírus da Aids!

“Para uma jovem que não consegue ir a uma consulta numa clínica numa cidade, uma jovem que não consegue manter os comprimidos sem enfrentar o estigma ou a violência – uma injecção apenas duas vezes por ano é a opção que poderia mantê-la livre de HIV”, explicou Lillian Mworeko, que lidera o grupo Comunidade Internacional de Mulheres que Vivem com HIV na África Oriental.

Injeção semestral

O lenacapavir é de fácil aplicação e, se confirmado, pode salvar muitas vidas.

Ele é o primeiro medicamento de prevenção de HIV cujos resultados foram disponibilizados para mulheres antes dos homens.

Segundo Linda-Gail Bekker, cientistas que conduziu o estudo, os resultados são incríveis.

“Depois de todos os nossos anos de tristeza, principalmente por causa das vacinas, isso é muito surreal”, comemorou;

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Além do grupo que recebeu o lenacapavir, tiveram dois outros. Enquanto um deles recebia o Truvada, uma pílula diária já disponível há anos, o outro recebeu uma nova dose do Descovy.

Das 1068 mulheres que tomaram o Truvada, 16 foram infectadas. Já o grupo que usou o Descovy, registrou 39 infecções em um total de 2136 mulheres.

Os resultados foram tão incríveis que o ensaio foi interrompido logo no início por recomendação de um comitê independente. O motivo era simples, a injeção deveria ser oferecida para todos os participantes por ser a maior proteção contra o vírus.

Por quê na África?

A Truvada, pílula já conhecida para prevenção do HIV, é bastante utilizada. Em um recente estudo com homens homossexuais nos Estados Unidos, o medicamento proporcionou níveis elevados de proteção contra o vírus.

No entanto, a mesma eficácia não foi registrada na África. A pílula demonstrou baixos níveis de absorção, especialmente entre as jovens africanas, que têm as maiores taxas de novas infecções.

Yvette Raphael, líder do grupo Advocacia para a Prevenção do HIV e da SIDA na África do Sul, disse: “essa foi a melhor notícia que já recebi”.

Estudos no Brasil

Apesar dos dados da descoberta terem sido anunciados pela Gilead, o estudo ainda não passou por uma revisão pelos pares.

Um segundo ensaio clínico já está em curso em outros seis países e um deles é o Brasil.

Agora, os pesquisadores querem avaliar a eficácia do lenacapavir em homens que fazem sexo com homens, transexuais e aqueles que usam droga sinjetáveis.

Baixar o preço

A questão ainda pendente é o acesso por causa do preço alto do medicamento. Nos EUA, a Gilead cobra US$ 42.250 por paciente por ano, isso dá em reais mais de R$ 231 mil por pessoa.

Mas a farmacêutica ja fala em compartilhar a propriedade intelectual do medicamento para baixar o valor:  “A empresa está empenhada em “disponibilizar grandes volumes de medicamentos a preços que permitam uma disponibilidade generaliza”.

Janet Dorling, vice-presidente sênior de soluções globais para pacientes, explicou que a empresa quer assinar licenças voluntárias com fabricantes de medicamentos genéricos em diversas regiões do mundo.

Isso deverá baixar o preço remédio em em países mais pobres.

Na África, mulheres jovens são as que mais podem se beneficiar do medicamento. Foto: Aaron Ufumeli/EPA.Na África, mulheres jovens são as que mais podem se beneficiar do novo medicamento contra o HIV. – Foto: Aaron Ufumeli/EPA.

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