Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden enfrentou o primeiro desafio nas urnas, em eleições para governadores e prefeitos. Todos os olhos estavam voltados para a disputa pelo governo do estado da Virgínia, onde o partido que vence tradicionalmente também leva a melhor nas eleições legislativas do ano seguinte. E a vitória do republicano Glenn Youngkin depois de 11 anos de domínio democrata no estado é uma péssima notícia para o presidente Joe Biden.
A escolha mostra que os eleitores podem mudar de lado nos próximos encontros com as urnas. Durante a campanha, Youngkin manteve uma distância prudente do ex-presidente Donald Trump, que ainda é muito influente no Partido Republicano.
Nem perto demais nem longe a ponto de perder o entusiasmo da base trumpista.
Minneapolis reelegeu o prefeito democrata Jacob Fray e rejeitou a proposta de acabar com o departamento de polícia, um ano e meio depois que a morte de George Floyd na cidade provocou protestos por todo o país.
Em Nova York, venceu um ex-policial. O democrata Eric Adams será o segundo prefeito negro da cidade. Ele conseguiu o apoio de milionários e trabalhadores de baixa renda, e foi elogiado tanto pelo ex-prefeito Michael Bloomberg quanto pelo atual, Bill de Blasio, dois adversários políticos. Adams representa uma mudança de curso político – ele é um moderado menos à esquerda que de Blasio.
A relação de Eric Adams com a polícia começou com um espancamento. Aos 15 anos, ele foi vítima de violência policial. Apanhou até desmaiar, e o policial só parou de bater porque um agente negro interferiu. Uma década depois, Adams vestiu a farda para tentar mudar a corporação por dentro. O principal objetivo era acabar com o racismo na polícia de Nova York.
A desigualdade racial será apenas um dos desafios do prefeito eleito depois da onda de protestos do movimento “Vidas negras importam”, no ano passado. Adams vai encontrar a cidade mais rica dos Estados Unidos com a economia ainda abalada pela pandemia, e com a criminalidade em alta.
O menino que nasceu num dos bairros mais violentos de Nova York e cresceu entre o Brooklyn e o Queens, vai administrar um orçamento de quase US$ 100 bilhões.
No discurso de vitória, uma mensagem de união: “Estamos tão divididos neste momento que nem aproveitamos a beleza de nossa diversidade. Agora vamos vestir a mesma camisa: somos todos time Nova York.”
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