O cenário de negócios americano está passando por transformações drásticas, à medida que o impacto da globalização e o aumento das despesas operacionais ameaçam marcas célebres que se consolidaram como essenciais ao longo de várias gerações.
Em 2025, numerosas marcas reconhecidas tomarão decisões críticas: encerrar as operações em solo americano ou realocar sua produção para o exterior em busca de custos mais acessíveis.
Essas mudanças não apenas refletem a urgência em se manter competitivas em um mercado global, mas também resultam na diminuição do emblemático ”Made in USA”, um rótulo que gera orgulho entre os consumidores. Vejamos algumas dessas marcas que estão enfrentando esse desafio.
Whirlpool
A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool planeja transferir sua produção para o México, investindo US$ 160 milhões em uma nova instalação, enquanto fecha fábricas em Ohio. Isso resultará em milhares de demissões e levanta questionamentos sobre a identidade da marca.
Embora a empresa justifique a mudança pela necessidade de manter seus preços acessíveis, há um temor entre os consumidores de que isso comprometa sua conexão emocional com os produtos da marca.
Craftsman Tools
A icônica Craftsman Tools, reconhecida pela resistência de suas ferramentas, agora se vê forçada a deslocar sua produção para a Ásia devido ao aumento constante dos custos operacionais nos EUA, como anunciado pela Stanley Black & Decker, sua controladora.
Embora a empresa busque usar as economias decorrentes dessa mudança para expandir suas operações globalmente, muitos clientes leais expressam desapontamento com essa decisão, que representa um afastamento de suas raízes americanas.
Gibson Guitars
A renomada fabricante de guitarras Gibson está mudando sua produção para a Indonésia, citando custos elevados nos EUA e a disponibilidade de mão de obra qualificada em outros países como motivação.
Músicos e entusiastas da música temem que essa decisão comprometa a qualidade e a tradição dos instrumentos, enquanto a empresa espera que essa movimentação a mantenha competitiva e em expansão.
New Balance
A marca de calçados New Balance decidirá encerrar sua produção “Made in the USA” e realocar essa atividade para países como China e Vietnã devido ao aumento dos custos trabalhistas e materiais. Com isso, espera continuar sua trajetória em um mercado competitivo, embora isso possa afetar a percepção do consumidor sobre suas origens.
KitchenAid
A KitchenAid, famosa por seus eletrodomésticos de alta qualidade, optou por mudar sua fabricação para o México, enfrentando a crescente dificuldade de competir com os custos nos EUA.
Apesar de prometer a manutenção da qualidade, a transição resulta na perda de empregos locais e levanta preocupações sobre a estratégia da empresa-mãe, Whirlpool, na busca por eficiência.
Crayola
A famosa marca de lápis Crayola deixará de produzir nos EUA, transferindo suas operações para a China. Essa decisão, motivada por concorrência global e altos custos no mercado doméstico, encerra uma tradição que acompanhou gerações de crianças.
A mudança pode despertar sentimentos nostálgicos entre aqueles que cresceram utilizando os produtos da marca, enquanto a Crayola busca permanecer competitiva.
Hershey’s
A Hershey’s, conhecida por seus chocolates, está movendo sua produção para o México, buscando economizar em custos e se aproximar de fornecedores. Apesar da continuidade da imagem familiar da marca, há preocupações sobre o impacto cultural e de sabor dessa mudança.
Wilson
A Wilson Sporting Goods, famosa por equipamentos esportivos, decidiu levar suas fábricas para a Ásia, onde os custos operacionais são mais baixos, permitindo uma concentração maior na inovação e expansão global.
Entretanto, isso implica em perda de empregos nos EUA e destaca os desafios enfrentados por empresas que tentam equilibrar eficiência e produção local.
Levi Strauss
A Levi Strauss, sinônimo de jeans icônicos, anuncia o fechamento de suas últimas fábricas nos EUA, relocando a produção para o México e o Sudeste Asiático. Essa decisão, auxiliada pela automação, representa um marco na história da marca, que por mais de um século foi um símbolo do trabalho americano.
Harley-Davidson
A Harley-Davidson está redirecionando sua produção para a Ásia e Europa, em parte devido à queda nas vendas nos EUA e ao aumento de tarifas. Essa mudança afetará cerca de 800 empregos locais, mas a empresa acredita que se aproximar de mercados em crescimento será financeiramente mais vantajoso.
Converse
Os clássicos tênis Chuck Taylor da Converse, que se tornaram parte da cultura americana, também enfrentam um novo cenário. Devido ao aumento dos custos de produção nos EUA, a empresa decidiu expandir sua fabricação para países com custos mais baixos, como Vietnã e Indonésia.
Ray-Ban
Os icônicos óculos de sol Ray-Ban, uma presença constante na cultura pop americana, estão sendo relocados para fora dos Estados Unidos. A produção agora será realizada na Itália e na China pela Luxottica, sua controladora, o que representa um ponto de virada para a marca e pode resultar em perdas de empregos locais.
Embora essa mudança busque manter a competitividade e reduzir custos, ela também marca um afastamento significativo da herança de produtos “Made in USA”, que muitos consumidores valorizam profundamente.
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Matéria original por AcheiUSA
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