O dólar aumentou quase 1% (0.97%) a 5.6930 reais na venda, seu maior patamar desde o dia 21 de dezembro, em forte alta contra o real, em movimento exacerbado pela baixa liquidez, e após novas mobilizações de funcionários públicos brasileiros por aumentos salariais.
Os servidores públicos decidiram na quarta (29), em assembleia, promover dias de paralisação das atividades em janeiro e avaliar a realização de uma greve geral em fevereiro, em protesto pela falta de uma política de reajuste salarial do governo brasileiro.
A pressão do funcionalismo por ajustes salariais tem gerado receios entre investidores sobre mais despesas da União no ano que vem, depois de o governo já ter aberto espaço fiscal –por meio da PEC dos Precatórios, que altera a regra do teto de gastos– para financiar um programa de transferência de renda à população de 400 reais por família.
No pregão da quarta (29) muitos operadores e investidores estiveram ausentes devido à aproximação do Ano Novo. Com o desempenho desta sessão, a penúltima do ano, o dólar acumula agora alta de 9,68% em 2021. Segundo especialistas o mercado de câmbio doméstico deve enfrentar desafios em 2022, principalmente a partir do início da corrida eleitoral e que tem eleições em outubro.
Se especula que a inflação elevada e o enfraquecimento do regime fiscal podem obrigar o Banco Central (BC) a puxar a taxa básica de juros acima de neutro durante todo o ano de 2022. Se, a princípio, os juros mais altos poderiam levar a conter a moeda, por outro lado, inibem o crescimento. Claro, existe a influência da política monetária do Fed americano e o que se pode esperar dos juros a ser implementado nos EUA.
Na segunda do dia 20 de dezembro, a moeda americana bateu R$5,79, na terceira mais alta cotação do ano de 2021, sendo que a partir de terça (21) caiu consecutivamente até quinta (23) – na sexta (24) não houve pregão, e na segunda (27) ficou em R$5,63. Nessa quinta (30) será o último dia de pregão do ano já que na sexta (31) não haverá pregão.
O dólar começou o ano de 2021 com cotação de R$5,21, no dia 9 de março chegou a maior cotação até então batendo R$5,84, e no dia 29 de março bateu R$5,77 (segunda maior cotação do ano). E em meados da última semana de junho bateu a menor cotação do ano cotado a menos de R$4,90.
O Bank of America calculou que o dólar chegaria a 5,80 reais ao fim de setembro e 5,70 reais antes de fechar o ano de 2021. Em meados de novembro fizemos o nosso prognóstico e vocês podem ler aqui. Seja como for, o fato é que a variante Ômicron segue preocupando os mercados e o dólar segue apoiado pela perspectiva de aperto monetário pelo Fed em 2023, com maior preocupação recente sobre a trajetória da inflação.
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