EUA Saúde
- 08/08/2024
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- 4 dias atrás
Da Redação – O número de abortos nos Estados Unidos aumentou desde que a Suprema Corte permitiu que os estados promulgassem legislações mais rigorosa para o procedimento, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (7).
Os resultados de uma pesquisa da organização de planejamento familiar Society of Family Planning (SFP), que defende o acesso ao aborto, mostraram uma média mensal de 98.990 casos no primeiro trimestre de 2024, um aumento em relação ao mesmo período de 2022 e 2023.
A organização atribuiu grande parte desse aumento ao maior acesso a pílulas abortivas por meio de serviços de telemedicina. A proporção de abortos no país ocorridos por meio da telemedicina aumentou de 4% para 20% desde abril de 2022, segundo o relatório.
A Suprema Corte, de maioria conservadora, derrubou o direito de acesso ao aborto nos EUA em junho de 2022 ao revogar a sentença de Roe Vs. Wade e, desde então, muitos estados governados por republicanos aceleraram as normas para restringir ou proibir o procedimento.
No entanto, os estados governados por democratas têm promulgado as chamadas “leis escudo” que dão proteção legal aos médicos que atendem pacientes – por meio de consultas de telemedicina – em estados com restrições.
Mesmo excluindo os abortos ocorridos sob as leis de proteção, “ainda observamos mais abortos por mês entre janeiro e março de 2024 [média mensal de 89.770 abortos] em comparação com o mesmo período de 2023 [média mensal de 86.967 abortos mil]”, detalha o SFP em seu relatório.
Enquanto isso, sob as leis escudo, o relatório mostra um número médio mensal de 9.200 abortos realizados no período de janeiro a março de 2024, 16% a mais do que no mesmo trimestre de 2023.
A pesquisa da SFP constatou, no entanto, uma queda notável de casos em estados onde restrições mais rígidas foram aprovadas desde junho, especialmente no Texas, Geórgia, Tennessee, Louisiana e Alabama.
Atualmente, 22 estados têm duras restrições ao aborto nos Estados Unidos. O tema está entre os que geram uma forte divisão no país, figurando como um dos decisivos na disputa da eleição presidencial de novembro.
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