O Legislativo da Flórida discutiu, nesta terça-feira (7), um projeto de lei da senadora republicana Ileana Garcia, que propõe a suspensão do limite diário de realizações da cirurgia do “bumbum brasileiro” por médico no estado.
Em vez de limitar o número de cirurgias, a proposta defende que sejam criados centros cirúrgicos, e que o procedimento seja feito por um médico exclusivo para o paciente, proibindo o profissional de atender mais de um paciente simultaneamente.
Em junho de 2022, o Conselho de Medicina da Flórida aprovou uma medida emergencial, com duração de 90 dias, restringindo ao máximo de três cirurgias por médico diariamente. A decisão veio depois de dez mortes durante o procedimento estético terem acontecido nos últimos três anos.
A medida emergencial que limitava o número diário de cirurgias e os orientava a utilizar método com ultrassom, no entanto, expirou em setembro. Na época, um médico chegou a ser proibido de realizar a cirurgia após a morte de uma paciente de 47 anos em abril de 2022. Processos disciplinares contra cirurgiões processados mostram que alguns médicos já chegaram a realizar até sete cirurgias por dia.
Entre as causas do problema, segundo especialistas, está a adoção de assistentes e enfermeiros como responsáveis por partes importantes do procedimento estético no lugar dos médicos. Além disso, os especialistas falam em impulsionamento do modelo de negócios motivado pelo lucro, com baixa segurança.
No procedimento, conhecido também como lifting, a gordura é lipoaspirada do abdômen ou da parte inferior das costas, ou de outras partes carnudas e usada para aumentar e moldar as nádegas. As mortes resultantes do procedimento geralmente se dão por conta de embolia gordurosa.
Membros da organização Cirurgiões pela Segurança também dizem que a decisão de restringir o número de cirurgias é uma medida insuficiente e existem mecanismos melhores para lidar com a questão:
“De fato, as políticas contidas na norma de emergência e a norma que está sendo elaborada provavelmente piorarão a situação para os pacientes, pois cirurgiões de alta qualidade e cumpridores da lei irão se comprometer com as novas restrições”, disse a organização em nota, segundo o canal de televisão CBS.
Segundo os Cirurgiões pela Segurança, com a diminuição da oferta, os clientes apenas irão se redirecionar para os profissionais ruins, que já não cumprem as normas estabelecidas.
Confira o link original do post
Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes