Além de visto e passaporte, a entrada de brasileiros nos Estados Unidos só será permitida mediante apresentação do comprovante de vacinação e de teste negativo de Covid-19. As restrições ao Brasil e outras nações onde a pandemia esteve fora de controle, foram retiradas na semana passada e a liberação deve acontecer no mês de novembro, ainda sem data definida. O comprovante de vacinação é válido com dose única ou duas doses aplicadas. Para embarcar, além do ‘passaporte da vacina’, o passageiro será obrigado a apresentar também um teste negativo de Covid-19 realizado até 72 horas antes da partida. Todos os imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil são aprovados pela FDA e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo válidos para entrar nos Estados Unidos.
O especialista em imigração Leonardo Freitas destaca que crianças menores de dois anos não fazem parte desse protocolo. Ele afirma ainda que os não vacinados por motivos de saúde devem informar o consulado daquele país. “É preciso consultar o consulado americano, para pegar uma dispensa, para poder entrar nos Estados Unidos. As pessoas não poderão adentrar no país de forma alguma, a não ser que sejam menores de idade e que não estava ainda na faixa de vacinados”, afirma.
Especialistas avaliam que essa reabertura é importante para a economia dos Estados Unidos, que lucra muito com o turismo, no entanto, o país toma a medida com cautela e precaução. Pela volatilidade da pandemia, não é descartada a possibilidade das autoridades americanas voltarem atrás na decisão. “As autoridades americanos podem voltar atrás desde que haja indícios de uma nova cepa viral ou um número maior de contágio ou de mortes”, afirma a professora de Direito Internacional Maria Estela Basso. Ela ainda alerta que, diante da gravidade da pandemia, os EUA vão permanecer rígidos nas exigências. Medidas mais firmes podem, inclusive, ser impostas. A professora ressalta a importância de ter toda documentação de vacinação e teste negativo correta. Caso contrário, as consequências podem ser sérias para o viajante. “Nos EUA, as declarações possuem muito peso. Se a pessoa prestar uma declaração falsa, ela pode perder o visto, além de ser processada no país e nunca mais entrar no território americano. O mesmo pode acontecer se a pessoa descobrir, depois, algum sintoma e não aparecer perante as autoridades sanitárias”, diz.
Recentemente, brasileiros começaram a questionar o ConecteSUS, aplicativo do Ministério da Saúde que emite o comprovante vacinal, isso porque pessoas que tomaram doses diferentes da vacina não estão conseguindo emitir o documento. Além de prejudicar o turismo doméstico pois já há lugares que exigem o ‘passaporte da vacina’, a falta desse certificado proíbe viajantes de embarcarem em voos internacionais. O Ministério da Saúde afirmou em nota que o aplicativo não emite certificado para quem fez a intercambialidade das vacinas. Em nota técnica, a própria pasta não recomenda a mistura de vacinas de fabricantes diferentes. Somente “em situações de exceção” a dose de outro imunizante pode ser aplicada. Muitos brasileiros tomaram a segunda dose da Pfizer por falta da Astrazeneca e agora não conseguem emitir o comprovante no aplicativo do Ministério da Saúde. (Com informações da repórter Camila Yunes)
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