O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o “Sheik dos Bitcoins”, é alvo de acusações de lavagem de dinheiro e fraude com criptomoedas em solo americano. A acusação diz que ele arrecadou mais de US$ 8,4 milhões de centenas de investidores principalmente de comunidades de língua espanhola nos EUA e em outros países.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, ele é acusado de usar a empresa Forcount, depois rebatizada de Weltsys, com sede no Panamá, para montar um esquema de pirâmide e assim aplicar golpes em diversas pessoas, inclusive em famosos.
A denúncia do procurador Damian Williams, do Distrito Sul de Nova York, diz que ele contou com apoio de Juan Tacuri e Antonia Perez Hernandez, que moram na Flórida. Tacuri, de 44 anos, mora em Kissimmee e foi preso no sul da Flórida na última quarta-feira, segundo o Departamento de Justiça. Hernandez, que mora em Orlando, segue foragida.
Francis da Silva, como é conhecido no Brasil, foi preso no início de novembro em Curitiba pela Polícia Federal, após descumprir medidas cautelares.
No Brasil, estimativas da Polícia Federal indicam que Francisley da Silva teria arrecadado R$ 1 bilhão, oferecendo taxas de até 13,5% de juros mensais pelo aluguel de criptomoedas. Francis da Silva, como gosta de ser chamado, tinha entre seus clientes celebridades como Sasha Meneghel, filha da apresentadora de TV Xuxa, e seu marido, o cantor gospel João Figueiredo.
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, a Forcount prometia lucros às vítimas que investissem em seus negócios de mineração e comércio de criptomoedas. Retornos diários dos investimentos, que seriam duplicados em até seis meses, faziam parte das promessas fraudulentas do grupo, segundo o procurador Damian Williams.
A realidade, no entanto, era outra, e a Forcount não tinha investimentos no mercado de criptomoedas. Pelo contrário, o dinheiro dos novos investidores era apenas usado para pagar os mais antigos, configurando-se um esquema de pirâmide.
Os envolvidos no esquema viajaram pelos Estados Unidos e fora do país para realizar “luxuosas exposições e pequenas apresentações comunitárias” com o objetivo de atrair vítimas. Carros e roupas de luxo faziam parte dos elementos usados pelos acusados para convencer os clientes dos investimentos.
Confira o link original do post
Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes