O brasileiro Kesley Leal, morto no último dia 24, quando estava sob custódia da agência de imigração dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês), será homenageado em uma vigília nesta quinta-feira (1º). O ato vai ocorrer em frente ao escritório do órgão em Albuquerque, no estado americano do Novo México, às 21h (de Brasília, 18h no horário local).
A homenagem é promovida pela organização Justiça Para Os Nossos Vizinhos, que presta assistência legal para imigrantes nos EUA. A iniciativa será em tom de protesto, já que a entidade afirma que a morte de Kesley ocorreu em consequência a supostos abusos e negligência às quais foi submetido pelo ICE no centro de detenção do Condado de Torrance após chegar aos EUA sem documentação.
O jovem de 23 anos foi encontrado inconsciente no local em 17 de abril. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu. O centro de detenção apresenta problemas sanitários, falta de funcionários e de monitoramento dos detidos, segundo relatório da Agência de Inspeção Geral, que pertence ao Departamento de Segurança Nacional dos EUA, revelado pelo g1.
Kesley é natural de São Paulo, mas residia com a avó em Camboriú, no Vale do Itajaí, há pelo menos 10 anos. Na ida aos EUA, ele pretendia chegar a Dumbury, em Connecticut, onde se reencontraria com a mãe, que não via há quase 20 anos. Familiares e amigos criaram uma vaquinha online para poder custear o translado do corpo de Kesley. O valor previsto foi de US$ 28 mil, mas o anúncio da iniciativa dizia que os gastos ainda não estavam exatamente estipulados. Na terça (30), a mãe do jovem, Rose Vial, comunicou nas redes sociais que já haviam arrecadado o montante necessário para sepultá-lo.
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