Jefferson Marley Pinheiro de Freitas, de 25 anos, está internado há uma semana no Hospital Erlanger, em Chattanooga, no estado do Tennessee, nos Estados Unidos. O brasileiro foi uma das vítimas de um atropelamento coletivo cometido por uma motorista embriagada, no último sábado.
Marley estava em uma calçada na Bonny Oaks Drive e esperava um grupo de amigos que chegavam de moto. Ele e outras pessoas foram atingidos pelo Cadillac preto desgovernado que era conduzido por uma mulher identificada como Angela Daniels Mason, de 59 anos.
De acordo com a polícia de Chattanooga, Angela “parecia estar extremamente embriagada” quando os agentes chegaram ao local. A rede de televisão WRCB acrescentou que Angela estava “com a fala arrastada, instável nos pés, olhos lacrimejantes, e com um forte odor de bebida alcoólica em seu hálito”. Os policiais fizeram um teste de sobriedade em Angela e ela teve dificuldade em manter o equilíbrio. A motorista teve de ser removida pelos policiais pois havia hostilidade contra a motorista.
— Me ligaram sábado à noite e disseram que meu filho estava no hospital. Quando encontrei com ele, pensei que ele fosse morrer. O estado dele era terrível, ele foi atingido em cheio — afirma Verônica Taylor, mãe de Marley. O jovem brasileiro estava em pé na calçada quando foi atropelado. Ele gesticulava pedindo para os carros darem passagem a motoqueiros que tentavam atravessar a avenida. Então veio Angela, que estava bêbada, e acertou quatro pedestres. A vítima com ferimentos mais graves foi Marley. Ele teve uma perna quebrada, o rosto fraturado e sangramento no cérebro. — Precisou botar pinos na perna quebrada, os ossos do rosto também quebraram e teve que fazer uma reconstrução por dentro, e todos os dias ele passa por exames para verificar se o cérebro está sangrando. Agora o quadro dele é estável, ele está até lúcido, mas esquece das coisas — disse.
Verônica é do Rio de Janeiro e mora com o filho há dez anos nos Estados Unidos. Ela não tem emprego fixo e sobrevive fazendo limpezas nas casas das pessoas. Com o filho hospitalizado, ela não tem condições de trabalhar. — Estou contando com a ajuda das pessoas para ficar com ele no hospital. Na situação que ele se encontra, não pode ficar sozinho. Ele faz as necessidades dele e eu tenho que limpar. Então os amigos fizeram uma vaquinha para ajudar. Depois temos que ver sobre o pagamento do hospital, que custa muito caro nos Estados Unidos. Quero entrar com um processo para a motorista assumir a dívida, mas não sei quanto tempo isso pode levar. A vaquinha online foi criada há três dias, com meta de arrecadar US$ 10 mil. Até a tarde deste sábado, 23 pessoas haviam feito doações e o valor arrecadado era de US$ 2 mil.
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