COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol
Na primeira janela da FIFA sob a liderança de Carlo Ancelotti, a seleção brasileira fez sua parte ao garantir sua vaga para o Mundial do ano que vem, que ocorrerá na América do Norte (Canadá, Estados Unidos e México), após uma vitória de 1 a 0 sobre o Paraguai, em São Paulo. O Brasil permanece como a única equipe que nunca deixou de participar de uma Copa do Mundo. Apesar de haver questões a serem resolvidas, especialmente em jogos fora de casa contra adversários mais fortes, a performance da equipe na última terça-feira foi notavelmente superior.
As mudanças implementadas por Ancelotti na escalação, após o empate sem emoções contra o Equador, demonstraram resultados evidentes. Enfrentando um Paraguai que buscava apenas o empate para garantir sua vaga, o Brasil exerceu pressão intensa desde o primeiro apito e encurralou uma equipe que estava invicta há nove partidas. Martinelli, que entrou no lugar de Gerson, destacou-se ao vencer a maioria dos confrontos diretos, enquanto Raphinha, nome de destaque da última temporada europeia, também apresentava perigo constante. No primeiro tempo,vini e Cunha perderam oportunidades claras,mas a pressão brasileira foi tanta que,aos 44 minutos,o gol finalmente ocorreu. Com uma falha da defesa paraguaia, Vini aproveitou a chance e não perdeu mais uma vez. Na etapa complementar, o Brasil controlou o jogo, administrou a vantagem e, mesmo sem ampliar o placar em contra-ataques, garantiu a vitória.
No início deste novo ciclo sob Carlo Ancelotti, a seleção precisa encontrar sua identidade, algo inexistente durante as gestões de Diniz e Dorival. Embora possa parecer exagero dizer que a apresentação contra os paraguaios foi electrizante, ela foi considerada aceitável. A defesa, especialmente com a parceria de “Alex Sandros”, mostrou-se sólida nas duas partidas desta data FIFA.Contudo, é essencial reforçar o setor ofensivo, carente de um artilheiro e de um meia criador, além de melhorias nas laterais. Construir um time competitivo requer tempo.
Além dessas lacunas, é importante lembrar que dois anos e meio de um ciclo foram desperdiçados, enquanto aguardávamos a chegada do técnico italiano, o que deixou a preparação para a Copa de 2026 em atraso significativo. O Brasil começará atrás das principais seleções europeias e da Argentina na busca pelo título mundial. Com a competição longe do país, não podemos esquecer o desempenho fraco nas eliminatórias internacionais, com apenas duas vitórias difíceis e suadas contra as fracas seleções do Peru e do Chile. Se Ancelotti possui o potencial de melhorar o Brasil no aspecto coletivo, é fundamental lembrar que resultados milagrosos não são garantidos, e as expectativas para a conquista do título no próximo ano são baixas.no entanto, como no futebol, apenas o tempo dirá se há possibilidade de um milagre.
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