Encontro entre Bolsonaro e Boris Johnson aconteceu no Consulado Britânico, em Nova York
A grande expectativa nesta terça-feira é o discurso que o presidente Jair Bolsonaro fará no Plenário da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele será o primeiro chefe de Estado a discursar, abordando sobre vacinação e meio ambiente. Nesta segunda, Bolsonaro se encontrou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, no Consulado Britânico
Da Redação
O Presidente Jair Bolsonaro já está em Nova York e fará nesta terça-feira, às 9horas, fará o discurso de abertura de chefes de Estado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), oportunidade em que tentará mostrar ao mundo como seu governo avançou com a vacinação dos brasileiros e conteve a pandemia, ao mesmo tempo em que irrigou a economia com um auxílio emergencial que beneficiou quase um terço da população e impediu uma recessão mais aguda em 2020.
Bolsonaro também focará o seu pronunciamento em realizações, segundo o Itamaraty, para “desarmar a bomba” da questão ambiental que o próprio governo ajudou a montar e que trouxe danos à imagem internacional do país. Uma missão extremamente difícil, que vem sendo aguardada com grande expectativa.
Nesta segunda-feira, Bolsonaro se encontrou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em Manhattan, no Consulado Britânico – até o momento da publicação desta matéria o encontro estava ocorrendo. Quanto ao tema da reunião ainda não havia sido divulgado pelo Palácio do Planalto. À noite, haverá uma recepção para o presidente brasileiro na Embaixada do Brasil em Nova York.
Discurso aguardado
O terceiro discurso de Bolsonaro na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas vem sendo muito aguardado pelos opositores e demais chefes de Estados, principalmente sobre a questão do meio ambiente. A fala do presidente deve funcionar como um ensaio do que ele pretende mostrar ao completar os 1.000 dias de governo, marca que alcançará no fim de setembro e que tem mobilizado alta expectativa na gestão.
O Itamaraty preferia que Bolsonaro evitasse menções a temas controversos, que focasse o seu discurso na 13ª cúpula dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Porém, a Assembleia Geral da ONU é uma plataforma valorizada pelo presidente e que ao menos trechos do discurso devem escapar ao tom discreto e pragmático que o chanceler Carlos França tem tentado imprimir à atuação do Itamaraty.
“Ele provavelmente vai apresentar algo mais moderado, mas não veremos uma versão ‘Bolsonarinho paz e amor’”, diz Guilherme Casarões, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas.
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