A família do peão brasileiro Amadeu Campos Silva, que morreu no último domingo (29/8) pisoteado pelo touro Classic Man, na disputa da segunda divisão da Professional Bull Riders (PBR), em Fresno, Estados Unidos, vai receber uma doação de pelo menos US$ 225 mil (cerca de R$ 1,14 milhão), sendo US$ 100 mil dos peões relativos à premiação do evento Cowboys for a Cause, da Reserva da Força Aérea, US$ 100 mil da própria PBR e mais US$ 25 mil da empresa parceira dos organizadores.
O valor pode chegar a US$ 325 mil (R$ 1,68 milhão), caso as doações na conta GoFundMe (https://gofund.me/d27779a4), criada pela PBR nesta quinta (2/9), alcancem a meta de US$ 100 mil. Segundo a entidade, qualquer pessoa do mundo pode fazer uma doação, que será repassada integralmente à família do peão, que morreu aos 22 anos, pondo fim ao sonho de ganhar dinheiro nos Estados Unidos para comprar um sítio para a família humilde no Brasil. Até as 18h30, a vaquinha tinha arrecadado US$ 530.
“A passagem de Amadeu nos dói profundamente”, disse o comissário e CEO da PBR, Sean Gleason. “Seu principal objetivo não eram troféus ou fivelas ou o direito de se gabar. Era colocar comida na mesa de sua família. Nenhuma quantia em dinheiro pode trazer Amadeu de volta para sua família, mas imaginamos que ele ficaria muito feliz em saber sobre os esforços para ajudar a cuidar deles”.
A exibição dos melhores peões da PBR, incluindo os brasileiros José Vitor Leme e Kaique Pacheco, líder e vice-líder, respectivamente, do atual ranking mundial, acontece neste sábado (4/9) a bordo do navio USS Lexington, que está em Corpus Christi, no Texas.
Amadeu, vice-campeão da Liga Nacional de Rodeios (LNR) no Brasil, em 2018, começou a competir nos rodeios americanos, em 2019. Considerado uma estrela em ascensão, ele tentava chegar à elite dos rodeios, mas foi prejudicado por lesões. No final de 2020, teve que fazer uma cirurgia nos ombros, que o afastou das arenas por oito meses. O jovem havia voltado a competir em 14 de agosto, na etapa do Velocity Tour, em Springfield, onde ficou em terceiro lugar.
Seus pais também se mudaram para os Estados Unidos para acompanhar suas montarias. Segundo peões amigos dele, o corpo será velado em Decatur (Texas), onde ele morava, assim como a maioria dos peões brasileiros da PBR, depois será cremado e as cinzas virão para o Brasil. Desde o acidente, a família não deu declarações.
Confira o link original do post
Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes