A administração de Trump está se preparando para reverter uma política que, por anos, impediu agentes de Imigração e Alfândega (ICE) de realizar detenções em locais considerados sensíveis, como igrejas, ice-nao-pode-fazer-prisoes-de-imigrantes/” title=”Governo Biden expande locais onde ICE não pode fazer prisões de imigrantes”>escolas e hospitais. Fontes próximas à questão revelam que essa medida poderia ser implementada já no primeiro dia de governo.
As informações surgem de três fontes que preferem permanecer anônimas, já que não estão autorizadas a abordar publicamente as mudanças propostas. Segundo elas, a nova abordagem visa fortalecer os poderes do ICE em relação à detenção de imigrantes por todo o país, alinhando-se ao ambicioso plano de Trump, que descreve sua estratégia como a “maior operação de deportação já realizada nos Estados Unidos”.
A política que limitava as detenções em locais sensíveis foi estabelecida em 2011 por John Morton, então diretor do ICE, e se manteve durante as administrações Trump e Biden. O objetivo era permitir que imigrantes indocumentados pudessem se deslocar com mais segurança em certas áreas públicas, beneficiando tanto esses indivíduos quanto a comunidade de forma mais ampla.
Com a regulamentação anterior, agentes do ICE podiam realizar detenções em locais sensíveis, mas apenas sob condições específicas, como ameaças à segurança nacional, detenção de criminosos perigosos ou situações em que houvesse risco iminente de morte ou dano direto. Mesmo assim, era necessário obter a autorização de superiores antes de proceder com a detenção.
O projeto de mudança nas regras que permite aos agentes do ICE efetuarem prisões em qualquer local, incluindo instituições educacionais e comunidades religiosas, foi discutido na iniciativa conhecida como Projeto 2025. Este plano foi divulgado pela Heritage Foundation antes das últimas eleições, gerando preocupações sobre o impacto nas comunidades.
Líderes religiosos já manifestaram suas inquietações, apontando que oferecer abrigo aos imigrantes poderia resultar em represálias. A possibilidade de uma nova política para locais sensíveis está gerando debates sobre os direitos e a segurança dos migrantes.
Um ex-membros do Departamento de Segurança Interna (DHS) indicou que a nova política pode ser bem recebida por alguns agentes, que sentem que as restrições atuais os limitam em seus trabalhos e que, em muitas ocasiões, indivíduos procurados conseguiam escapar devido a esta política.
Entretanto, essa possível reestruturação também pode representar o fim de um capítulo para muitos imigrantes que, ao longo dos anos, buscaram proteção em locais seguros, como igrejas. De acordo com a Church World Service, uma organização que monitora o abrigo de migrantes, em 2019 havia pelo menos 46 pessoas vivendo em igrejas em 15 estados.
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