No último domingo,o presidente Donald Trump revelou planos para implementar uma tarifa de 100% sobre filmes que não são produzidos nos Estados Unidos. Ele argumenta que a indústria cinematográfica americana está em declínio acelerado, principalmente devido aos incentivos fiscais oferecidos por outras nações. Em sua plataforma Truth Social, Trump declarou que isso representa uma colaboração entre países estrangeiros, configurando uma ameaça à segurança nacional. Ele expressou seu desejo de ver um renascimento de produções cinematográficas feitas na América.
Em resposta a essa proposta, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, anunciou em sua conta no X que já está a par da situação e tomando as providências necessárias. Contudo, os detalhes práticos de como essa tarifa será aplicada permanecem obscuros. Questões importantes, como sua aplicação a plataformas de streaming ou sua validade somente para filmes exibidos nas salas de cinema, não foram abordadas. A Motion picture association, que representa grandes estúdios como Disney e Global, ainda não fez comentários sobre a declaração de Trump.
A proposta surge em um momento em que Hollywood enfrenta uma crescente concorrência de produções realizadas em outros países. Locais como Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia têm oferecido incentivos fiscais relevantes, atraindo cada vez mais produções internacionais. De acordo com dados da ProdPro, aproximadamente 50% dos filmes e séries com orçamento superior a US$ 40 milhões foram realizados fora dos Estados Unidos em 2023. Além disso, a Ampere Analysis estima que os investimentos globais em produção de conteúdo podem atingir US$ 248 bilhões até 2025.
Trump, que recentemente designou celebridades como Jon Voight, Sylvester Stallone e Mel Gibson para ajudar em seu projeto de revitalização de Hollywood, busca mobilizar sua base cultural em um ano eleitoral crucial. Por outro lado,líderes da Austrália e Nova Zelândia já demonstraram intenção de proteger seus próprios setores audiovisuais. A queda na produção cinematográfica na cidade de Los Angeles é alarmante, com uma diminuição de quase 40% nos últimos dez anos, conforme dados da FilmLA. O embate pela dominação do setor cinematográfico acaba de começar.
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Matéria original por AcheiUSA
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