A administração Trump está se preparando para um aumento significativo no número de imigrantes sem documentos que poderão ser transferidos para a Base Naval de Guantánamo esta semana. De acordo com documentos internos, cerca de 9.000 imigrantes estão sob consideração para essa transferência, embora essa informação ainda não tenha sido oficialmente confirmada.
Em uma declaração em janeiro, o presidente mencionou: “Dispomos de 30.000 lugares na Baía de Guantánamo para reter os criminosos mais perigosos que representam uma ameaça à segurança dos Estados Unidos”.
Atualmente, aproximadamente 500 migrantes se encontram detidos na base, e a expectativa é de que novas transferências sejam iniciadas, com os detidos aguardando deportação para seus países de origem.
Segundo fontes, essa movimentação visa criar espaço nos centros de detenção nos Estados Unidos, e a Casa branca já instruiu o ICE a aumentar o número de detenções em pelo menos 3.000 por dia.
Siro del Castillo,que atuou como enviado do governo Clinton a Guantánamo,classifica a situação como “impensável”. Ele destaca que o governo deve engajar-se em negociações com os países que se recusam a aceitar os deportados e buscar alternativas para essa crise.
“Não há condições adequadas para abrigar 30 mil pessoas”, afirma castillo, que foi designado para Guantánamo durante a década de 1990, quando a base se tornou um local importante para abrigar cubanos que fugiam da ilha durante a crise dos balseiros.
Antes da transferência de novos migrantes para a Base naval, já havia 178 pessoas lá, incluindo diversos cubanos que foram interceptados no mar e estavam à espera de pedidos de asilo político.
Alexander Moreno, que passou por experiências na base naval de Guantánamo, ressalta que “as condições lá são inadequadas para tal afluxo”.
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Matéria original por Brazilianpress
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