EFE – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse à rede de televisão Fox News que aceitaria ser presidente da Câmara dos Representantes por um curto período de tempo para “unificar” o Partido Republicano.
“Me perguntaram se eu aceitaria (o cargo) por um curto período de tempo pelo partido, até que eles cheguem a uma conclusão (…). Eu o farei se for necessário, se eles não puderem tomar uma decisão”, afirmou.
A declaração foi dada no momento em que os republicanos, que controlam a Câmara com uma pequena margem, tentam escolher um sucessor para Kevin McCarthy, que na terça-feira (3) se tornou o primeiro líder da Casa a ser destituído após uma moção ser aprovada.
A moção foi apresentada pelo congressista Matt Gaetz, da Flórida, e apoiada por outros sete republicanos alinhados com o ex-presidente — além de todos os representantes do Partido Democrata, do atual presidente, Joe Biden.
Alguns analistas políticos destacam o fato de Trump não ter defendido McCarthy como uma das principais razões pelas quais o representante republicano acabou caindo.
Trump já havia sido cogitado para ser o presidente da Câmara em janeiro, quando a ala de Gaetz e de outros congressistas republicanos rachados com a cúpula do partido forçou várias votações até que McCarthy acabou sendo eleito.
De acordo com a rede de televisão NBC, Trump, que lidera todas as pesquisas para as primárias que vão definir o candidato presidencial pelo Partido Republicano para as eleições de 2024, está preparando uma visita ao Capitólio, em Washington, no início da próxima semana, antes do início da votação, que está programada para quarta-feira.
No início desta semana, o ex-presidente havia assegurado que seu interesse não estava na liderança da câmara baixa, mas na presidência do país.
Embora nada impeça que alguém de fora do Congresso ocupe a presidência da Câmara, os próprios republicanos concordaram, em janeiro, que esse cargo não pode estar nas mãos de pessoas indiciadas por acusações que acarretam dois ou mais anos de prisão se forem condenadas.
Trump é acusado em quatro causas criminais que superariam um potencial máximo de 700 anos de prisão, portanto essa opção, se as regras não mudarem, não seria viável.
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