Aumenta o contingente militar do Texas na fronteira com o México
O Texas tomou medidas drásticas para incrementar sua segurança na fronteira com o México, enviando uma força militar composta por soldados, veículos blindados e agentes do Departamento de Segurança Pública (DPS). Esta operação, com foco em áreas estratégicas como Shelby Park e ao longo do Rio Grande, tem o objetivo de mitigar a crescente onda de imigrantes que buscam entrar nos Estados Unidos antes da inauguração do presidente eleito Donald Trump, que acontecerá no dia 20 de janeiro.
Locais como Maverick County, Normandia e El Quemado estão se tornando pontos críticos de passagem, aumentando a pressão sobre autoridades locais e federais. Adicionalmente, milícias civis, como a Arizona Border Recon, estão retornando à atividade de monitoramento, principalmente no Arizona. Compostas por veteranos e voluntários, essas milícias se apresentam como protagonistas no cenário de vigilância diante da complexidade migratória atual.
Propostas controversas: plano de Trump e o Texas
Em uma iniciativa inédita, o governo texano sugeriu ao novo governo de Trump a doação de uma área de 567 hectares no condado de Starr para a construção de um centro destinado a imigrantes indocumentados. A proposta foi apresentada pela comissária de terras, Dawn Buckingham, que sublinhou a disposição do estado em colaborar com o Departamento de Segurança Interna (DHS) na detenção e deportação de imigrantes.
Trump, por sua vez, já manifestou a intenção de realizar deportações em massa, contando com o apoio da Guarda Nacional, do Exército e de forças de segurança local. Ele qualificou a imigração ilegal como uma “invasão”, prometendo utilizar “todos os meios legais” para intensificar a fiscalização nas fronteiras. De acordo com dados recentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE), mais de 271 mil deportações ocorreram em 2024, apesar de cerca de 2 milhões de imigrantes indocumentados terem conseguido evitar a detenção.
Reação do México e a criação de centros de acolhimento
Enquanto isso, o México também se mobiliza frente à potencial intensificação da política migratória dos EUA. A secretária do Interior, Rosa Icela Rodríguez, anunciou a construção de 25 centros de acolhimento para deportados ao longo da fronteira. Cada centro terá capacidade para abrigar até 2.500 pessoas, oferecendo suporte imediato aos migrantes retornados.
Liderada pela presidente Claudia Sheinbaum, a estratégia do governo mexicano visa assegurar que os direitos humanos dos deportados sejam respeitados e busca desenvolver soluções que minimizem os impactos sociais nas comunidades fronteiriças. “Nosso compromisso é cuidar de quem retorna e garantir que as condições sejam dignas para todos”, afirmou Rodríguez.
Um olhar atento sobre a fronteira
Com um esforço combinado de táticas militares, civis e diplomáticas, a região fronteiriça entre Texas e México volta a ser o epicentro de uma das crises migratórias mais relevantes da atualidade. Enquanto os EUA reforçam suas barreiras e planejam novas diretrizes de detenção e deportação, o México se prepara para lidar com os imigrantes que serão devolvidos. Esse aumento nas tensões promete desafiar a política externa de ambos os países nos meses seguintes.
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