Esta inovação pode transformar o cenário de rastreamento da doença, oferecendo uma alternativa eficaz e de custo acessível. Com a realização deste exame, a detecção precoce torna-se mais viável, aumentando significativamente as chances de tratamento exitoso.
um estudo publicado recentemente na Science Daily destaca que esta abordagem também pode abrir portas para o diagnóstico de outras doenças, democratizando o acesso a exames preventivos que são menos desconfortáveis.
O principal diferencial deste novo teste é a análise das bactérias intestinais em um nível mais aprofundado. Até agora, as pesquisas focavam em espécies bacterianas isoladas, dificultando a identificação das sutis variações que podem indicar risco de câncer.
Com essa nova metodologia, os pesquisadores conseguiram detectar variações funcionais críticas associadas ao desenvolvimento de câncer. O teste não só é preciso na identificação de sinais específicos da doença, mas também é adaptável para diversas populações.
Para alcançar esse avanço, foi criado um catálogo inédito que detalha a microbiota intestinal humana em um nível revolucionário, útil tanto para futuras pesquisas quanto para a prática médica diária.
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Horizontes promissores para diagnósticos
Os cientistas indicam que a técnica vai além do câncer colorretal, podendo ser adaptada para identificar uma gama de outras neoplasias e doenças crônicas através da análise da microbiota intestinal.
O próximo passo envolverá a realização de um ensaio clínico em colaboração com os hospitais Universitários de Genebra, visando testes nos diferentes estágios da doença.
Se os resultados forem positivos, este teste poderá se estabelecer como uma ferramenta essencial na medicina preventiva.
A importância contínua da colonoscopia
Apesar das inovações,especialistas enfatizam que a colonoscopia permanece uma ferramenta indispensável. Este exame não apenas detecta câncer intestinal, mas também previne o seu desenvolvimento, permitindo a remoção de pólipos antes que se tornem malignos.
O coloproctologista Danilo Munhoz, da clínica Primazo, observa que o novo teste pode ser uma funcional choice de triagem. Ele ressalta que o exame de fezes pode ampliar acessibilidade e diminuir a realização de colonoscopias desnecessárias, sem, no entanto, substituir a necessidade dessas últimas.
Munhoz recomenda que a colonoscopia seja realizada a partir dos 45 anos, independentemente de sintomas, ou antes dessa idade para pessoas com histórico familiar ou sinais de alerta como sangramento ou perda de peso inexplicável.
Avanços vitais na luta contra o câncer
A detecção precoce é uma aliada poderosa no combate ao câncer intestinal. Quando identificada em seus estágios iniciais, a taxa de cura pode ultrapassar 90%. Além disso, os tratamentos têm se tornado cada vez mais precisos.
A cirurgia robótica exemplifica os avanços, proporcionando a remoção precisa de tumores retais, minimizando danos a estruturas essenciais e acelerando a recuperação dos pacientes.
Danilo Munhoz acredita que aumentar a variedade de opções de rastreamento disponível irá facilitar o engajamento da população. Exames mais acessíveis e menos invasivos são chaves para superar o medo e o desconforto,incentivando as pessoas a priorizar sua saúde gastrointestinal antes que a doença se manifeste.
O novo teste de fezes detecta câncer de cólon com 90% de precisão. – Foto: Canva





