
A partir de 1º de agosto de 2025, os Estados Unidos aplicarão uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o café e o suco de laranja. A medida, anunciada pela administração Trump, tem como justificativa alegações de práticas comerciais injustas e tensões diplomáticas recentes. O governo brasileiro classificou a ação como desproporcional e ameaça não concluir um novo acordo comercial, além de considerar retaliações.
Analistas alertam que o impacto será direto no bolso do consumidor americano. O preço do café pode subir entre 6% e 10% no varejo — especialmente em um cenário já afetado por eventos climáticos na América do Sul. Pequenas torrefadoras e cafeterias locais devem ser as mais prejudicadas, com estimativas de aumento de até US $ 0,25 por xícara em cafés especiais.
Importadores estão correndo para antecipar compras antes da tarifa entrar em vigor e também buscando fornecedores alternativos. No entanto, a dependência é grande: o Brasil representa cerca de 30% do café consumido nos EUA e 75% das exportações globais de suco de laranja.
Para os estabelecimentos menores, que operam com margens apertadas e sem proteção contratual contra flutuações cambiais, o novo cenário exige reajustes rápidos. Já grandes redes poderão absorver parte dos custos ou planejar estoques para segurar os preços temporariamente.
Enquanto isso, consumidores podem se deparar com mudanças na rotina — desde substituir o cafezinho diário por marcas mais baratas até ver o suco de laranja sumir do café da manhã. E tudo indica que essa nova fase do comércio entre os dois países ainda trará mais capítulos tensos nos próximos meses.
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Matéria original por Nossa Gente
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