Em um estudo preliminar publicado no último dia 4, especialistas revelaram uma preocupação em torno da variante Ômicron em crianças: o surgimento de um sintoma inesperado, chamado crupe. Trata-se de uma infecção viral aguda do trato respiratório, acompanhada por tosse forte, febre, rouquidão e respiração difícil ou ruidosa.
A detecção desse novo sintoma aconteceu primeiramente no Seattle Children’s Hospital, nos EUA. No entanto, com o passar do tempo, especialistas de outras regiões do país também notaram um aumento nos casos de crupe, cujo nome oficial é, na verdade, laringotraqueobronquite.
O artigo publicado na plataforma MedRxiv aponta um total de 401 crianças diagnosticadas com crupe durante o surto da variante Delta e 107 durante o surto de Ômicron, nesse último caso, muito mais propensas a testar positivo para Covid-19, com direito a 48,2%.
“Durante o surto de Ômicron, a incidência de crupe quase dobrou em comparação com a taxa dos meses anteriores. Identificamos um aumento acentuado nos casos de crupe observados em nosso banco de dados pediátrico em paralelo com a substituição da variante Delta por Ômicron como a dominante em nossa comunidade”, descreve o estudo.
E o mais inusitado é que o caso não é puramente regional, considerando que no último mês de novembro, um outro artigo alertou que 2,4% das crianças hospitalizadas em uma região da África do Sul por conta da Ômicron foram diagnosticadas com crupe. Em casos de crupe, a traqueia e a laringe ficam inflamadas por causa de alguma infecção. As vias aéreas superiores também ficam prejudicadas, levando a dificuldade de respiração. A síndrome costuma ser muito mais frequente em crianças.
Confira o link original do post
Todas as imagens são de autoria e responsabilidade do link acima. Acesse para mais detalhes