O remédio funciona a partir de uma injeção a cada seis meses, suficiente para blindar pacientes contra o vírus. Em testes realizados na África, América do Sul, Ásia e Estados Unidos, os resultados foram os mesmos.
Diferentemente dos métodos tradicionais de profilaxia pré-exposição (PrEP), que exigem comprimidos diários ou injeções a cada dois meses, o Lenacapavir é bem acessível e conveniente pela facilidade. No meio científico, o fármaco é tido como uma grande esperança para reduzir drasticamente os índices globais da doença.
Todo ano, a lista da Science traz as melhores descobertas científicas do ano.
Em 2024, além do Lenacapavir, estão presentes o estudo de células imunes em doenças autoimunes, a descoberta de pesticidas baseados em RNA para o campo, uma nova organela evolutiva, entre outros.
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O Lenacapavir age diretamente na proteína capsídeo do HIV, responsável pela replicação do vírus.
Além de impedir que o material genético infectado se integre às células humanas, o remédio pode bloquear a formação de novas partículas virais.
Desde 2021, a droga já era usada como tratamento para pacientes infectados. Recentemente, ganhou uma nova fórmula para funcionar de maneira preventiva.
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Um grande teste de eficácia em adolescentes e mulheres jovens africanos, em junho, mostrou que o Lenacapavir reduziu as infecções por HIV a zero. Sim, eficácia de 100%!
O estudo cego teve a participação de 5.000 mulheres cisgênero e meninas adolescente na África do Sul e Uganda.
Já em setembro, um novo teste. Em mais de 2.000 homens cisgênero, homens e mulheres transgêneros e pessoas não binárias, apenas duas infecções.
Por que revolucionário?
O medicamento é chamado de revolucionário porque resolve um dos principais obstáculos da PrEP tradicional: a adesão ao tratamento.
Enquanto pílulas diárias e injeções frequentes enfrentam muita resistência da população, o Lenacapavir chega para reduzir a necessidade de doses regulares.
Além disso, com a injeção de longa duração, fica mais fácil criar estratégias globais de prevenção e enfrentamento da doença.
Desafios para o futuro
Embora muito positiva, a aprovação regular do medicamento é esperada para 2025.
O custo ainda permanece incerto. A farmacêutica responsável, Gilead, já tem contratos para produção de versões genéricas em países de baixa renda.
Especialistas também informaram que a eficácia da droga vai depender de uma distribuição eficaz e de campanhas educativas.
Vai ciência!
A farmacêutica responsável já fechou acordos com países de baixa renda para a produção genérica da droga. – Foto: Yonhap News/AP
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