Supervisores em San Francisco votaram na terça-feira para dar à polícia da cidade a capacidade de usar robôs com força letal como uma opção de último recurso, após um debate emocionalmente carregado que refletiu divisões no conselho politicamente liberal sobre o apoio à aplicação da lei.
A votação foi de 8 a 3, com a maioria concordando em dar à polícia a opção sobre fortes objeções de grupos de liberdades civis e outros grupos de supervisão policial. Os opositores disseram que a autoridade levaria a uma maior militarização de uma força policial já muito agressiva para com as comunidades pobres e minoritárias.
A supervisora Connie Chan, membro do comitê que enviou a proposta ao conselho, disse que entendia as preocupações sobre o uso da força, mas “de acordo com a lei estadual, somos obrigados a aprovar o uso deste equipamento. Então aqui estamos nós, e definitivamente não é uma discussão fácil.”
O SFPD revisou sua política para nunca permitir que seus robôs usem a força contra as pessoas. O documento revisado da política diz o seguinte: “Os robôs só serão usados como uma opção de força letal quando o risco de perda de vidas para o público ou oficiais for iminente ou superar qualquer outra opção de força disponível para o SFPD”.
Os robôs SFPD não são novidade. O departamento conta com 17 robôs, 12 dos quais operantes, e os possui há anos. O projeto de política revisado foi motivado por uma nova lei da Califórnia que exige que cada município crie um inventário e defina os usos autorizados de todos os equipamentos de nível militar.
O projeto de política proposto diz que apenas os operadores designados que concluíram o treinamento adequado terão permissão para operar os robôs e eles serão usados para operações táticas ou especiais.
Em um e-mail para a NPR, o SFPD disse que “não possui ou opera robôs equipados com opções de força letal e o departamento não tem planos de equipar robôs com qualquer tipo de arma de fogo… Nenhuma política pode prever todas as situações concebíveis ou circunstâncias excepcionais que policiais podem enfrentar. O SFPD deve estar preparado e ter a capacidade de responder proporcionalmente.”
A política revisada gerou debate, com um lado dizendo que os robôs podem oferecer uma solução tática em vez de arriscar a vida de um oficial ou possivelmente a segurança do público, enquanto o outro lado diz que precisamos dar um passo atrás e definir nosso relacionamento com a tecnologia antes de permitir robôs para chegar mais longe.
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