Desenvolvido pela Vertex Farmacêutica, o medicamento pertence a uma classe especial conhecida como “moduladores da função da CFTR”. Pela primeira vez, eles foram capazes de tratar o efeito básico da fibrose cística.
“Antes, eu usava oxigênio por 24 horas, me sentia incapaz de fazer qualquer coisa, sem esperança de viver. Eu vivia internada, não saía com os meus amigos, qualquer esforço físico eu cansava”, disse Laura Sofia de Souza, de 18 anos. Com pouco mais de 6 meses usando o remédio ela já viu resultados.
Antes de receber o medicamento, Laura estava prestes a fazer transplante de pulmão.
“Eu já estava entrando para a fila do transplante. Com uma semana de uso do Trikafta tudo mudou”, agradeceu.
E que assim como ela, muitos pacientes agora possam conseguir viver essa mudança na qualidade de vida!
O que é a fibrose cística?
Cerca de 1.700 brasileiros com a doença poderão se beneficiar desse tratamento, que pode melhorar a qualidade de vida, além da possibilidade de evitar a necessidade de transplante de pulmão.
A fibrose cística é uma doença genética crônica que afeta principalmente os sistemas respiratório e digestivo.
É causada por uma mutação no gene CFTR, que leva a um acúmulo de muco espesso e pegajoso nos pulmões, vias respiratórias e sistema digestivo.
Isso resulta em sintomas como tosse crônica, dificuldade para respirar, infecções pulmonares frequentes, problemas digestivos, como dificuldade em absorver nutrientes, e crescimento inadequado.
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Não existe cura e sem o tratamento, a doença pode ser fatal.
Por conta das pneumonias frequentes, também é comum que muitos pacientes necessitem de transplante.
Mas o Trikafta oferece uma nova esperança para pacientes a partir dos 6 anos, como já noticiado aqui no Só Notícia Boa.
Além dele, existem outros três remédios na mesma classe, o ivacaftor (Kalydeco), lumacaftor/ivacaftor (Orkambi) e ivacaftor/tezacaftor (Symdeco), cada um para mutações específicas, mas o Trikafta é o que abrange mais pacientes.
Tratamento acessível
Ter o medicamento no SUS é uma vitória para quem sofre com a doença, disse a diretora executiva do Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, Verônica Stasiak.
“É uma vitória dos familiares e amigos que sofrem muito a cada complicação vivida pela fibrose cística e que não são nada fáceis. São rotinas duramente impactadas, mas que agora recebem com alegria esse novo sopro de vida”.
Segundo o Ministério da Saúde, o SUS conta com uma rede estruturada que permite rastreamento, diagnóstico precoce, monitoramento e assistência aos pacientes, sendo 75% deles menores de 18 anos.
O Teste do Pezinho é o responsável pelo diagnóstico precoce e deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia após o nascimento da criança.
Laura Sofia foi uma das pacientes que experimentaram melhorias significativas após começar a usar o medicamento. – Foto: Ministério da Saúde
O Trikaft é considerado o melhor porque abrange mais pacientes. – Foto: reprodução/divulgação
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