A percepção de incerteza sobre os rumos da taxa de câmbio deu um salto nesta quinta-feira (24), enquanto a demanda por proteção contra a alta do dólar no mercado de opções bateu uma máxima desde julho passado, em meio à disparada da moeda americana diante da onda global de aversão a risco após a invasão da Rússia sobre a Ucrânia.
O dólar à vista pulou 3.23% na máxima do dia, a 5.165 reais, bem distante da mínima na casa de 4.99 reais atingida na véspera. O real tinha um dos piores desempenhos globais nesta sessão, marcada por um rali global do dólar como reflexo da busca de investidores por segurança na esteira do maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A volatilidade implícita nas opções de dólar/real para um mês saltava a 17.133% ao ano, de 15.017% do fechamento anterior. Com isso, operava na máxima desde novembro do ano passado.
O real é a terceira moeda emergente mais volátil. Rublo russo, com volatilidade implícita para um mês de 34% ao ano (máxima desde 2015); e lira turca, com volatilidade de 31.8%, lideravam a percepção de risco cambial.
Em outro sinal de maior busca por dólar no Brasil, uma medida da demanda do investidor por opções de compra (“calls”) de dólar em relação à procura por opções de venda (“puts”), ambas para um mês, chegou a 2.1, máxima desde 14 de julho passado. No decorrer do dia, a demanda por “calls” perdeu força, o que trouxe a medida de volta a 1.55, ainda assim muito acima de mínimas recentes.
Já a moeda russa disparou para 14.775, máxima em sete anos.
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