- 10/18/2023
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Da Redação – O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) votou e reprovou uma resolução sugerida por diplomatas comandados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra entre o Hamas e Israel. O texto foi vetado pelos Estados Unidos porque não reconhecia o direito de Israel de se defender da agressão terrorista iniciada no último dia 7.
O documento em votação nesta quarta-feira (18) contou com 12 votos favoráveis, duas abstenções e a rejeição dos Estados Unidos. Por ser um membro permanente e possuir poder de veto, a resolução foi rejeitada. Esta foi a segunda resolução sobre o conflito votada pelo Conselho de Segurança nesta semana.
Além de apontar que o texto proposto pelo Brasil não reconhecia o direito de Israel de se defender, Washington justificou seu veto afirmando que a principal tentativa de resolução está sendo feita neste momento pelo presidente Joe Biden, que está em Israel nesta quarta-feira (18).
“Os Estados Unidos está decepcionado com essa resolução pois ela não meciona os direitos do povo israelense de se defesa como qualquer outra nação no mundo — o que está descrito no artigo 51 da Carta das Nações Unidas”, disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
“Sejamos claros: as próprias acções do Hamas provocaram isto – esta grave crise humanitária em Gaza. E o Hamas causou muito sofrimento, morte e destruição desnecessários. Todos os Estados-Membros deveriam condenar o terrorismo e a crueldade do Hamas. E todos os Estados-Membros deveriam apelar ao Hamas para que cesse a sua interminável barragem de foguetes contra Israel. Isto não é complicado. Não é controverso. Este é o mínimo”, pontuou Greenfield.
Lula havia se envolvido pessoalmente na negociação com líderes regionais, como o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi e com líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Tratava-se de um esforço do presidente alegadamente para tornar o Brasil mais relevante no cenário internacional, mas que poderia favorecer muito a imagem de Lula.
A intenção do presidente brasileiro era tentar que a resolução criasse corredores humanitários ou possibilitasse a entrada de itens de primeira necessidade na Faixa de Gaza. Se isso acontecesse por meio to texto do Brasil, Lula poderia capitalizar a fama de “pacificador”.
Mas foram as ações de Joe Biden que renderam os primeiros frutos. O americano conseguiu negociar com Israel a entrada de suprimentos na Faixa de Gaza pelo Egito. Essa será a primeira vez desde o início do conflito que Israel permitirá a entrada de mantimentos no território dominado por terroristas.
Biden também prometeu doar US$ 100 milhões para ajuda humanitária aos palestinos e pressionou para que representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha tenha acesso aos reféns israelenses.
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