Jack Teixeira enfrentou promotores e juizes na última semana em Worcester, em uma audiência onde novos e preocupantes detalhes sobre o jovem foram revelados.
Jack Teixeira entrou no tribunal vestido de macacão laranja e algemado. O ex-militar de 21 anos é acusado de vazar documentos contendo segredos que continham informações militares dos EUA.
Em novembro, Teixeira, que é neto de portugueses, fez ameaças sérias na Internet.
Promotores de Justiça mostraram posts de Teixeira dizendo que se ele pudesse “ele mataria uma tonelada de pessoas”.
E os promotores também mostraram fotos do quarto de Teixeira em casa onde ele mantém diversas armas de fogo, incluindo rifles. O local foi o mesmo onde no começo do mês agentes do FBI o prenderam no Cape Cod.
As fotos também mostraram que o jovem teria tentado destruir laptops, computadores e HDs que podem conter evidências
Também foi revelado que em julho passado, usando computadores da Aeronáutica, Teixeira fez várias buscas on-line sobre ataques armados nos EUA, incluindo os de Las Vegas e de Uvalde, Texas. Isso deveria ter sido levado ao conhecimento dos superiores dele na base aérea onde ele trabalhava no Cape Cod.
Jack Teixeira tinha acesso a segredos dos militares porque ele fazia parte da equipe de tecnologia da informação que fazia a segurança dos dados contra invasores. O comandante do Esquadrão onde Teixeira trabalhava na base aérea foi suspenso.
O advogado de defesa do jovem, Brendan Kelley, argumentou no tribunal que Teixeira não fugiu e que por este motivo deveria ser concedida a ele uma prisão domiciliar na casa do pai dele.
Mas a promotora federal, Nadine Pellegrini, argumentou que não há como saber se Teixeira não tem mais documentos secretos guardados e que o jovem ser abordado por governos de outros países.
A promotoria também revelou que em 2018 Teixeira foi suspenso da High School após um amigo de escola dizer que ele falava em fabricar bombas e coquetéis molotov e sobre uso de armas.
Um ano depois, Teixeira tentou adquirir uma arma que lhe foi negada. Logo depois ele se alistou e entrou na Aeronáutica e passou a ter acesso a armas.
O juiz David Hennessy questionou a defesa se fazia sentido que um jovem, abaixo de 30 anos, não sabia que se ele postasse documentos sigilosos nas redes sociais, eles se espalhariam pelo mundo.
O juiz não tomou uma decisão e Teixeira voltou para a prisão.
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