Após aprovar uma das medidas mais duras contra migrantes que tentam entrar nos EUA, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na terça-feira (18) um pacote de reformas que vai permitir a legalização de milhares de imigrantes no país.
A medida vai simplificar a obtenção de residência ou de autorização de trabalho para os seguintes tipos de imigrantes:
- Cônjuges de cidadãos norte-americanos;
- Enteados de cidadãos norte-americanos menores de 21 anos;
Estas mudanças beneficiarão aqueles que vivem no país há pelo menos dez anos e estão casados com um cidadão norte-americano antes de 17 de junho de 2024″, disse a Casa Branca. O governo estima que cerca de 550 mil imigrantes poderão se beneficiar das novas regras.
As medidas devem passar a valer a partir de agosto ou setembro, segundo a Casa Branca. Segundo a Casa Branca, as autoridades analisarão todos os pedidos caso a caso. Os aprovados terão três anos para solicitar a residência permanente, o chamado Green Card. Durante esse período, terão autorização legal para residir e trabalhar nos EUA.
Uma vez obtido o Green Card, o beneficiário pode então solicitar a cidadania norte-americana. “O que estamos anunciando são processos potencialmente simplificados para minimizar a burocracia, minimizar as dificuldades criadas pela necessidade de sair do país”, disse à imprensa um funcionário da Casa Branca que pediu para não se identificar.
O anúncio do democrata acontece dias após o Daca completar 12 anos. O programa foi adotado pelo governo de Barack Obama quando Biden era seu vice-presidente e protege seus beneficiários, os “dreamers”, da deportação e permite que trabalhem.
Desde o lançamento do Daca, os Serviços de Cidadania e Imigração já aprovaram mais de 800 mil solicitações e têm cerca de 580 mil beneficiários, segundo dados oficiais. A migração é um dos temas que mais preocupam os norte-americanos antes das eleições de novembro, nas quais Biden tentará a reeleição contra o ex-presidente republicano Donald Trump, que durante o seu mandato quis acabar com o ‘Daca’, alegando que era inconstitucional.
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