Claudia Sheinbaum, Presidente do México, evidencia os riscos de tarifas americanas sobre a economia dos dois países (Foto: Governo do México)
Sheinbaum critica tarifas de Trump e busca dialogar
Na última terça-feira, 26, a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, reagiu às ameaças de Donald Trump, que sugeriu tarifas de 25% em todos os produtos mexicanos, alegando uma “invasão” de migrantes e drogas. Sheinbaum anunciou que planejava enviar uma carta ao novo presidente pedindo um diálogo construtivo e uma reunião com sua equipe para discutir a relevância do México para a economia dos Estados Unidos, considerando que mais de 80% das exportações mexicanas têm destino americano.
Ela também ressaltou a importância de montadoras como General Motors, Stellantis e Ford, que vêm atuando no México há cerca de 80 anos, como pilares dessa relação comercial. Para Sheinbaum, cada tarifa promovida pode desencadear uma reação em cadeia, resultando em instabilidade para os negócios, aumento do desemprego e inflação em ambos os países.
Resposta à acusação de tráfico de drogas
Respondendo às alegações de Trump sobre a falta de controle do México em relação ao tráfico de drogas e à imigração ilegal, a presidente afirmou que o governo mexicano sempre se comprometeu a combater a crise do fentanil nos EUA. Dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) indicam que, desde dezembro passado, a quantidade diária de entrevistas de migrantes na fronteira dos EUA caiu em 75%.
Desafios e a necessidade de cooperação
A Presidente Sheinbaum alertou que grupos do crime organizado ainda recebem armamentos dos EUA, enfatizando que os desafios na região demandam uma colaboração efetiva, diálogo e entendimento mútuo. Em um balanço sobre a atuação das forças de segurança, ela informou que só neste ano foram apreendidas toneladas de drogas, além de mais de 10 mil armas, e cerca de 15.640 prisioneiros foram detidos por crimes relacionados a substâncias ilegais.
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