No último domingo (23), exatamente às 15h locais (11h no horário de Brasília), milhões de telefones celulares no Reino Unido começaram a soar uma sirene de emergência em alto volume e exibir uma mensagem de alerta. Mesmo aparelhos em modo silencioso tocaram.
A sirene é parte de um teste do governo de um sistema que será usado para alertar a população sobre emergências com risco de morte, como inundações severas, incêndios e condições meteorológicas extremas e também pode vir a ser usado durante ataques terroristas.
A intenção do governo britânico era que todos os celulares do país tocassem a sirene, mas houve problemas técnicos e nem todos soaram o alerta, que era acompanhado de uma mensagem na tela do aparelho. A mensagem explicava que as pessoas não precisavam tomar nenhuma medida, e que a sirene era apenas um teste.
Mesmo entre os celulares que soaram a sirene, muitos tocaram pouco antes ou pouco depois das 15h. O governo anunciou de antemão que testaria o sistema de alerta. As autoridades pediram que as pessoas não desligassem seus telefones.
Todos os telefones Android e Apple 4G e 5G são equipados com capacidade de emitir um alerta de emergência mesmo quando no modo silencioso. Sistemas semelhantes já são usados em outros países, incluindo EUA, Canadá, Japão e Holanda.
O vice-primeiro-ministro Oliver Dowden disse que o alerta “pode ser o som que vai salvar sua vida”.
Ele disse que o teste do sistema era “como quando o alarme de incêndio dispara no trabalho”.
“Pode ser um pouco inconveniente e irritante”, disse. “Acho que, no futuro, as pessoas ficarão gratas por termos testado o sistema”
“O trabalho número um do governo é manter as pessoas em segurança e esta é outra ferramenta no nosso kit para situações de emergência, como inundações ou incêndios florestais, e onde há um risco real de vida”.
No entanto, houve acusações de que o alerta de emergência seria uma interferência exacerbada do Estado na vida das pessoas.
“Está de volta ao Estado de babá – nos alertando, nos dizendo, nos mimando quando, em vez disso, eles deveriam apenas deixar as pessoas seguirem com suas vidas e tomarem decisões sensatas por si mesmas”, disse o parlamentar conservador Jacob Rees-Mogg, que afirmou que desligaria seu aparelho durante o teste.
O teste também gerou uma série de teorias da conspiração falsas, compartilhadas milhares de vezes nas mídias sociais.
Muitos deles envolvem o fato de estar sendo enviado por torres de telefone 4G e 5G, que são considerados invasivos nos círculos da conspiração.
Há alegações falsas de que o teste causaria morte ou ferimentos a milhões de pessoas. Uma mensagem falsa diz às pessoas para evitar o teste saindo das vilas e cidades para “evitar a onda”.
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