Apesar de os dados de crescimento dos EUA terem superado as expectativas na semana passada, alimentando o otimismo de que uma recessão será evitada, muitos economistas veem os números como enganosos e alertam para uma crise iminente, incluindo um colapso financeiro.
Em um podcast recente, o controverso economista Peter Schiff voltou a prever tal cenário catastrófico, alegando que ele já está em curso, mas de forma “sub-reptícia”.
“Ninguém percebe que esta crise começou, mas acredite em mim, ela começou”, afirmou Schiff, comparando com “o que aconteceu na crise financeira de 2008”, que não “começou apenas quando o Lehman Brothers quebrou”, sugerindo que os sinais antecipados da Grande Crise Financeira foram ignorados.
Ele destacou que “a razão pela qual Lehman Brothers, Bear Sterns, Fanny e Freddy, AIG (NYSE:AIG) e todas essas empresas quebraram foi sua exposição ao mercado imobiliário” e ressaltou que “essa exposição era evidente por anos, mas especialmente em 2007, quando o mercado subprime implodiu”, argumentando que “qualquer um com um mínimo de senso crítico deveria ter sido capaz de entender o que estava por vir” naquela época.
Ele lamentou que “a maioria das pessoas em Wall Street era tão ignorante que nem sequer chegava a ser ingênua e, por isso, não conseguiu entender o que se passava”, até que a crise explodiu em meados de 2008.
Schiff enfatizou que a próxima crise será muito maior porque os problemas subjacentes são muito mais graves. “São os mesmos problemas (do passado), só que agora eles são muito maiores do que os problemas que tínhamos antes”, disse o economista, observando que “em vez de resolvermos os problemas, nós os adiamos e os pioramos” e que “agora temos que arcar com as consequências”. Schiff também afirmou que a economia e a dívida dos EUA são “esquemas de Ponzi” em colapso.
“O que acontece quando as pessoas percebem que é um esquema de Ponzi? Elas não querem mais participar dele. E é isso que está acontecendo. As instituições financeiras não querem nos emprestar mais dinheiro para pagar outros credores. É isso que está acontecendo. É por isso que os juros dos títulos estão subindo, porque os detentores de títulos querem receber seu dinheiro no vencimento e não encontramos novos compradores”, explicou o economista.
Isso torna mais provável que o governo e o banco central terão que criar mais inflação para pagar a dívida. Quanto às origens da atual crise, que alguns atribuem às políticas desastrosas do presidente Biden, Schiff, ao contrário, acredita que elas remontam muito mais ao passado. Ele explicou como o governo Clinton iniciou a tendência de usar financiamentos de curto prazo para reduzir os custos da dívida, pois as taxas eram muito baixas. No entanto, agora as taxas de juro estão disparando e toda a dívida de curto prazo está vencendo, o que significa que o Tesouro tem que se endividar a uma taxa muito mais alta para refinanciar essa dívida. “Isso vai se transformar em uma verdadeira crise da dívida pública e da moeda, que já começou, mas está longe de terminar”, concluiu Peter Schiff.
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