De acordo com a pesquisa do The New York Time / Siena College divulgada neste sábado informa que a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump estão em uma disputa muito acirrada nos estados decisivos do Michigan e Wisconsin faltado poucas semanas para as eleições.
A vantagem que Kamala abriu no início de agosto foi ligeiramente reduzida por Trump após a divulgação dos planos de governo para a economia. O resultado é potencialmente preocupante para a vice-presidente uma vez que a pauta econômica é considerada o tópico mais importante para os eleitores que se sentem mais confiantes em apostar numa futura administração republicana.
Faltando menos de 40 dias para a eleição, a disputa está essencialmente empatada em Michigan, com Kamala tendo 48% de apoio entre prováveis eleitores e Trump, 47% – dentro da margem de erro da pesquisa. Em Wisconsin, é um estado onde as pesquisas têm mostrado um histórico de registro favorável aos democratas.
As pesquisas também mostram que Kamala tem vantagem de 9% sobre Trump no Segundo Distrito de Nebraska, cujo único voto pode ser decisivo no Colégio Eleitoral. Em um cenário raro, mas possível, o distrito poderia dar a Harris exatamente os 270 votos eleitorais de que ela precisaria para vencer a eleição se também vencer em novembro em Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, na chamada Muralha Azul, e se Trump confirmar a vitória em três estados decisivos do Cinturão do Sol, Geórgia, Carolina do Norte e Arizona, onde as pesquisas do Times/Siena mostram o republicano à frente ele obterá a vitória.
A nova rodada do Times e o Siena College incluiu Ohio, que não é um estado decisivo para a Casa Branca, mas tem uma das disputas para o Senado mais competitivas este ano. Trump lidera por seis pontos em Ohio, enquanto o senador democrata Sherrod Brown está à frente de seu oponente republicano, Bernie Moreno, por quatro pontos.
O Wisconsin, por sua vez, que durante meses pareceu ser um ponto positivo para os democratas no tabuleiro presidencial, foi decidido por menos de um ponto em quatro das últimas seis disputas, incluindo 2020. Biden venceu Michigan por três pontos naquele ano após Trump ter vencido por apenas três décimos de ponto em 2016.
O ex-presidente continua com alta rejeição, mostra a pesquisa, mas as entrevistas também revelam que Kamala segue com o desafio de conquistar eleitores que não apoiam o ex-presidente mas nem por isso migraram os votos para os democratas.
Sem entusiasmo e com medo de receitas econômicas
“Não vou votar com entusiasmo”, disse Matt Henderson, 65 anos, técnico de manutenção da companhia elétrica local em Westland, Michigan. Ele disse que provavelmente votará em Kamala, mas não porque se sinta “politicamente atraído” pela vice, mas para “evitar que Trump retorne à Casa Branca”.
“A invasão do Capitólio provou que ele é um traidor”, disse Henderson. “Ele não se importa com nada além dele mesmo. E tentou roubar uma eleição”.
A pesquisa mostrou que 80% dos eleitores negros em Michigan, Wisconsin e Ohio planejam votar em Kamala e 13% em Trump. Outros 7% estão indecisos. Embora a vice tenha uma enorme vantagem entre os eleitores negros, Biden conseguiu mais do que 80% dos votos do estrato nacionalmente em 2020.
Antonio Dawkins, 40, gerente regional de vendas de Waukesha, Wisconsin, um subúrbio de Milwaukee, disse que planeja votar em novembro, mas que para presidente deixará o espaço em branco. Ele não gosta de Trump, mas também está insatisfeito com Kamala. “Ela está adotando o discurso do vendedor de carros e tentando convencer todo mundo que ela não é Trump. Isso não é suficiente”, disse Dawkins, que é negro. “Ela não detalha seus planos”.
Os resultados da pesquisa também reafirmam tema recorrente entre os eleitores em estados decisivos: muitos tendem a acreditar que Trump na Casa Branca, os ajudou economicamente, e, embora não gostem dele nem comungam de suas ideias, temem que a política econômica de Kamala pode prejudicá-los.
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Matéria original por Jornal dos sports
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