Um pesquisa da agência de notícias Reuters e do Instituto Ipsos divulgada nesta quinta-feira (29) aponta que a candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, lidera as intenções de voto e aumentou a vantagem sobre Donald Trump no eleitorado geral e, principalmente, entre mulheres e latino-americanos.
Segundo a pesquisa, Harris tem 45% das intenções de voto, e Trump, candidato republicano, 41%. Foram ouvidos apenas eleitores registrados — ou seja, pessoas que se cadastraram em seus estados para o voto, que não é obrigatório no Estados Unidos. A vantagem da democrata sobre o republicano aumentou no eleitoral geral: na pesquisa desta quinta, Harris teve quatro pontos percentuais a mais, entre os eleitores registrados, que Trump. Já no fim de julho, ela tinha um ponto percentual a mais, segundo levantamento da Reuters/Ipsos na ocasião.
O levantamento mostrou também Harris com mais apoio entre mulheres e latino-americanos. Entre os latino-americanos, também chamados de hispânicos nos EUA, Harris liderou Trump por 49% a 36% – ou 13 pontos percentuais. Nas quatro pesquisas da Reuters/Ipsos conduzidas em julho, ela também teve uma vantagem de nove pontos entre as mulheres e uma vantagem de 6 pontos entre os hispânicos. Já Trump liderou entre eleitores brancos e homens, ambos por margens semelhantes às de julho, embora sua liderança entre eleitores sem diploma universitário tenha diminuído para 7 pontos na última pesquisa, abaixo dos 14 pontos em julho.
O aumento da vantagem de Harris ilustra as guinadas na corrida presidencial dos EUA nos dois últimos meses. A reviravolta começou em 21 de julho, quando o presidente do país, Joe Biden, 81, desistiu de concorrer como candidato democrata após o desempenho desastroso no debate contra Trump em junho, o que gerou uma onda de pedidos para que ele deixasse a corrida, principalmente por parte de democratas. Desde então, Kamala Harris, indicada pelo próprio Biden para substituí-la, ganhou terreno contra Trump em pesquisas nacionais e em estados decisivos. A nova pesquisa, que foi conduzida nacionalmente durante oito dias até quarta-feira (28), teve uma margem de erro de dois pontos percentuais. O levantamento ouviu 4.253 adultos dos EUA, incluindo 3.562 eleitores registrados.
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